Olá, como estão?
Entra hoje em vigor, a 100%,
o novo Acordo Ortográfico.
Ou seja, a partir de hoje, é
obrigatório (http://visao.sapo.pt/guia-pratico-para-perceber-o-acordo-ortografico=f543282).
Mas há coisas que acho às
quais nunca me vou consegui adaptar, tais como aquela coisa dos dias da semana
e dos meses serem agora escritos com letra minúscula.
Hoje também é dia da Nossa
Senhora do Rosário de Fátima.
(Nossa Senhora de
Fátima (ou Nossa Senhora do Rosário de Fátima) é uma das designações
atribuídas à Virgem Maria que,
segundo os relatos da época e da Igreja
Católica, apareceu repetidamente a três pastores, crianças na
altura das aparições, no lugar de Fátima, tendo a primeira aparição acontecido no
dia 13 de Maio de1917.
Estas aparições continuaram durante seis meses seguidos, sempre no mesmo dia
(excetuando em Agosto). A aparição é associada também a Nossa Senhora do Rosário,
sendo portanto aceito a combinação dos dois nomes - dando origem a "Nossa
Senhora do Rosário de Fátima" - pois, segundo os relatos, "Nossa
Senhora do Rosário" teria sido o nome pelo qual a Virgem Maria se haveria
identificado, dado que a mensagem que trazia consigo era um pedido de oração,
nomeadamente, a oração do Santo
Rosário.
Fecha o ciclo de aparições
iniciado em Paris, como Nossa Senhora das Graças,
sucedida pela aparição em La Salette e Lourdes.
Três crianças, Lúcia de Jesus dos Santos (de
10 anos), Francisco Marto (de
9 anos) e Jacinta Marto (de
7 anos), afirmaram ter visto Nossa
Senhora no dia 13
de Maio de 1917 quando
apascentavam um pequeno rebanho na Cova
da Iria, freguesia de Aljustrel,
pertencente ao concelho de Ourém, Portugal.
Segundo relatos posteriores
aos acontecimentos, por volta do meio-dia, depois de rezarem o terço, as
crianças teriam visto uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram
ir-se embora, mas, logo depois, outro clarão teria iluminado o espaço. Nessa
altura, teriam visto, em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra
a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol".
Segundo os testemunhos
recolhidos na época, a senhora disse às três crianças que era necessário rezar
muito e que aprendessem a ler. Convidou-as a voltarem ao mesmo sítio no dia 13
dos próximos cinco meses. As três crianças assistiram a outras aparições no
mesmo local em 13 de junho, 13
de julho e 13
de setembro. Em agosto, a aparição ocorreu no dia 19, no
sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque as crianças
tinham sido presas e levadas para Vila Nova de Ourém pelo
administrador do Concelho no dia 13
de agosto.
A 13
de outubro, estando presentes na Cova da Iria cerca de 50 mil
pessoas, Nossa Senhora teria dito às crianças: "Eu sou a Senhora do
Rosário" e teria pedido que fizessem ali uma capela em sua honra (que
atualmente é a parte central do Santuário de Fátima).
Muitos dos presentes afirmaram ter observado o chamado milagre
do sol, prometido às três crianças em julho e setembro. Segundo
os testemunhos recolhidos na época, o sol,
assemelhando-se a um disco de prata fosca, podia fitar-se sem dificuldade e
girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.
Tal fenómeno foi testemunhado por muitas pessoas, até mesmo distantes do lugar
da aparição. O relato foi publicado na imprensa por vários jornalistas que ali
se deslocaram e que foram testemunhas do fenómeno. Contudo, há testemunhos de
pessoas que afirmaram nada ter visto, como é o caso do escritor António Sérgio,
que esteve presente no local e testemunhou que nada se passara de
extraordinário com o sol, e
do militante católico Domingos Pinto Coelho, que escreveu na imprensa que não
vira nada de sobrenatural. Entretanto, testemunhas da época afirmaram que o
facto não aconteceu com o sol (este ficou do mesmo tamanho) mas sim com um objeto
luminoso que se destacou no céu, girando sobre si próprio e mudando de cor.
Posteriormente, sendo Lúcia
religiosa doroteia,
Nossa Senhora ter-lhe-á aparecido novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925
e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e
na noite de 13 para 14 de Junho de 1929, no Convento de Tui),
pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos
mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação
dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração
da Rússia ao
mesmo Imaculado Coração.
O papa Pio
XII,
anuindo a esses pedidos de Nossa Senhora, consagrou o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria a 31
de Outubro de 19422 .
Nas suas Memórias,
Lúcia contou ainda que, entre abril e outubro de 1916, teria já aparecido
um anjo aos
três pastorinhos, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço
do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência, e afirmando
ser o "Anjo de Portugal".
Este anjo teria ensinado aos
pastorinhos duas orações, conhecidas por Orações do Anjo,
que entraram na piedade popular e são utilizadas sobretudo na adoração eucarística.
Não sou propriamente uma
crente absoluta nas aparições de Fátima.
Mas atenção, também não sou
uma descrente completa.
Eu diria que sou antes uma…
cética, não sei se me estão a perceber…
Assim como São Tomé.
E vi, há dias, um comentário
no Facebook acerca das acessibilidades para cadeiras de rodas, ou, melhor
dizendo, da falta delas.
Na verdade, acho que isto
tudo funciona num gigantesco círculo vicioso.
Pois se não há as
acessibilidades, é porque não há muitas pessoas em cadeiras de rodas a atreverem-se
a sair, mas se não as há a sair, tal deve-se, maioritariamente, à falta de
acessibilidades.
Maioritariamente, sim, mas
não só.
Pelo menos, no meu caso.
Senão, vejamos: sou atáxica –
tenho ataxia de Friedreich e, como a ataxia é uma doença progressiva, isso quer
dizer que a minha situação está, lenta, cruel, inexorável e continuamente a
degradar-se.
A juntar a esta equação, já
por si bastante complicada, não posso pensar só em mim, mas também na minha
realidade e na realidade de quem me rodeia.
Eu não me sinto no direito
de impor a minha presença, assim como todo a trabalheira que isso implica, a
ninguém.
Felizmente, para mim, que eu
sempre fui uma pessoa mais… reservada.
Até parece que eu já estava
a adivinhar o que aí vinha, a tempestade que se aproximava…
E por hoje fico por aqui.
Até uma próxima oportunidade…
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