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Hoje, dia 08 de Março,
assinala-se o Dia Internacional da Mulher.
A ideia de criar o Dia da
Mulher surgiu nos primeiros anos do século XX,
nos Estados Unidos e na Europa, no
contexto das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho, bem
como pelo direito de voto. Inspirada por esse espírito, a
líder socialista alemã
Clara Zebrino propôs à Segunda Conferência Internacional de Mulheres
Socialistas, em Copenhaga, 1876, a instituição do Dia Internacional da Mulher.
Posteriormente, em 8 de
março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), as comemorações do Dia
Internacional da Mulher foram marcadas por manifestações de trabalhadoras russas por
melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Os protestos foram
brutalmente reprimidos, precipitando o início da Revolução de 1917.
O Dia Internacional da
Mulher e a data de 8 de março são comummente associados a dois fatos históricos
que teriam dado origem à comemoração. O primeiro deles seria uma manifestação
das operárias do setor têxtil nova-iorquino ocorrida em 8 de março de 1857
(segundo outras versões, em 1908), quando trabalhadoras ocuparam uma fábrica,
em protesto contra as más condições de trabalho. A manifestação teria sido
reprimida com extrema violência. Segundo essa versão, as operárias foram
trancadas dentro do prédio, o qual foi, então, incendiado. Em consequência,
cerca de 130 mulheres morreram. O outro acontecimento é o incêndio de uma
fábrica, ocorrido na mesma data e na mesma cidade. Não existe consenso
historiográfico quanto a esses dois fatos, nem sequer sobre as datas, o que gerou
mitos sobre esses acontecimentos. Alguns historiadores afirmam que o incêndio
de 1857 não ocorreu (pelo menos, não naquela data), e defendem a ideia de que o
incêndio relacionado ao Dia Internacional da Mulher fora, de fato, o incêndio na fábrica da
Triangle Shirtwaist, em Nova York, no dia 25 de março de 1911 (ou seja, um
ano depois de a proposta de criação do Dia Internacional da Mulher ser
apresentada por Clara Zetkin, durante a II Conferência Internacional
de Mulheres Socialistas, em Copenhague).
A Triangle empregava 600 trabalhadores, em sua maioria mulheres imigrantes.
Na tragédia, 146 pessoas morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens.
Na antiga União Soviética, durante o estalinismo,
o Dia Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda
partidária.
Nos países ocidentais, o Dia
Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década
de 1920. Depois, a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada
pelo movimento
feminista, já na década
de 1960. Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu
parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial.
Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender evocar o espírito das
operárias grevistas do
8 de março de 1917, costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos
entre suas empregadas.
Em 1975, foi designado
pela ONU como
o Ano Internacional da Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia
Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as
conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres.
Origem
A ideia de instituir o Dia
Internacional da Mulher surge na virada do século XX,
no contexto da Segunda Revolução Industrial e
da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a
incorporação da mão-de-obra feminina, em massa, na indústria.
O primeiro Dia
Internacional da Mulher foi celebrado em 28
de fevereiro de 1909 nos Estados
Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América, em
memória do protesto das operárias da indústria do vestuário de Nova York contra
as más condições de trabalho.
Em 1910, ocorreu a
primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhaga,
dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada
proposta da socialista alemã Clara
Zetkin, de instituição de um Dia Internacional da Mulher, embora nenhuma
data tivesse sido especificada.
No ano seguinte, o Dia
Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de
março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.
Poucos dias depois, a 25 de
março de 1911,
um incêndio na fábrica da
Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores - a maioria costureiras.
O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do
edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova
Iorque, até 11 de setembro de 2001. Para Eva Blay, é
provável que a morte das trabalhadoras da Triangle se tenha
incorporado ao imaginário coletivo, de modo que esse episódio é, com
frequência, erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da
Mulher.
Em 1915, Alexandra Kollontai organizou uma reunião
em Christiania (atual Oslo), contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz
uma conferência sobre a mulher.
Na Rússia, as
comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução russa de 1917. Em 8 de março
de 1917 (23
de fevereiro pelo calendário juliano), a greve das
operárias da indústria têxtil contra a fome, contra
o czar Nicolau II e contra a participação do
país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro. Leon Trotsky assim
registrou o evento: “Em 23 de fevereiro (8 de março no calendário gregoriano)estavam planeadas ações
revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis
deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem
sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não
imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.
Após a Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenine a
torná-lo um dia oficial que, durante o período soviético, permaneceu como celebração da
"heroica mulher trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente
perderia a vertente política e tornar-se-ia uma ocasião em que os homens
manifestavam simpatia ou amor pelas mulheres - uma mistura das festas ocidentais do Dia
das Mães e do Dia
dos Namorados, com ofertas de prendas e flores, pelos homens às
mulheres. O dia permanece como feriado oficial na Rússia, bem
como na Bielorrússia, Macedónia, Moldávia e Ucrânia.
Na Checoslováquia, quando o país integrava o Bloco Soviético (1948 - 1989), a celebração
era apoiada pelo Partido Comunista. O MDŽ
(Mezinárodní den žen, "Dia Internacional da Mulher" em checo)
era então usado como instrumento de propaganda do
partido, visando convencer as mulheres de que considerava as necessidades
femininas ao formular políticas sociais. A celebração ritualística do partido
no Dia Internacional da Mulher tornou-se estereotipada. A cada dia 8 de março,
as mulheres ganhavam uma flor ou um presentinho do chefe. A data foi
gradualmente ganhando um caráter de paródia e
acabou sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na televisão. Assim, o
propósito original da celebração perdeu-se completamente. Após o colapso da
União Soviética, o MDŽ foi rapidamente abandonado como mais um símbolo do
antigo regime.
No Ocidente, o Dia
Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920.
Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento
feminista, já na década
de 1960, sendo, afinal, adotado pelas Nações Unidas, em 1977. A data mantém
hoje relevância internacional, e a própria ONU continuava a dinamizá-la, como
sucedeu em 2008, com o lançamento de uma campanha, “As Mulheres Fazem a
Notícia”, destinada a chamar a atenção para a igualdade de gênero no tratamento
de notícias na comunicação social mundial.
Hoje foi dia de
fisioterapia.
Na clínica, enquanto fazia
tratamento, fui abordada por uma senhora que me perguntou o que eu tinha e se
era de nascença.
Eu, sem qualquer tipo de
problema, tentei responder e da forma mais clara possível, a todas as perguntas
da senhora.
E não é que ela ficou
comovida com a minha história?...
É que deu-me mesmo a ideia
que, quando se afastou, a senhora ia com lágrimas nos olhos…
Eu até me senti mal: eu não
queria fazer a senhora chorar.
Por hoje é tudo.
Até uma próxima
oportunidade.
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