Olá, como estão?
Isto hoje vai ser muito
rápido, tipo visita de médico.
E sim, hoje ainda não há
vídeo.
Há antes uma imagem, representação
de algo cada vez mais utópico: a “Pomba da Paz” (1949), de Pablo Picasso.
Começo por partilhar com vocês
uma espécie de poema da minha autoria, que foi publicado, em 2013, na antologia
de poesia contemporânea “Entre o sono e o sonho, volume IV – Tomo I” (Chiado
Editora):
“Faz de conta que é um poema”
Sim,
lembro-me bem de quando disseste que me amavas. Não tanto por palavras, mas
mais por gestos. A nossa comunicação sempre foi assim, não foi? Singular. Parca
em palavras, mas farta em gestos. Gestos pequenos, quase insignificantes para
quem está de fora, mas de uma importância do tamanho do mundo, vital. Muitos
não entendem esta nossa maneira de estar, de ser, mas nós não temos problemas,
pois não? Nós entendemo-nos. E isso é o mais importante. NÓS somos o mais
importante. Tudo o resto… É o resto, fica longe, lá longe, onde não interessa.
És tu e sou eu. Sou eu e és tu. Somos nós. Aquele dia estava triste,
cinzento-escuro. Mas quando me disseste o que eu tanto queria ouvir, o dia
ficou alegre e senti-me confortada por uma luz quente. E sim, também me lembro
do que aconteceu a seguir a teres-me dito que me amavas. Eu disse que também te
amava. E ficámo-nos a perder no olhar fundo um do outro.
E por acaso viram as
notícias da visita do Cavaco ao Dubai?...
Fui só eu, ou mais alguém
achou tudo aquilo vergonhoso?
Parecia um vendedor de
banha-da-cobra – e dos maus, ainda por cima…
“Agora, está a TAP à venda.
Mas ainda temos mais para vender.”
Ridículo.
Bom, fico por aqui.
Até uma próxima
oportunidade.
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