sexta-feira, 1 de abril de 2016

Ver-tira ou men-dade?... (01/04/2016)



Olá, como estão?


Hoje, dia 01 de Abril, assinala-se o Dia das Mentiras.

O Dia das Mentiras celebra-se com alegria a 1 de Abril.
Mentiras do Dia 1 de Abril
Manda a tradição que neste dia as pessoas contem mentiras e que surpreendam os outros com fatos ou atos inesperados. Para fazer com que as pessoas acreditem na sua história do Dia das Mentiras, deve contar algo que posso acontecer com naturalidade ou regularidade. Desta forma, conseguirá facilmente que os outros acreditem naquilo que conta e será levado a sério.
Os meios noticiosos, nomeadamente jornais, televisões e rádios também contam "histórias fictícias" no dia 1 de Abril. Estas histórias falsas são reveladas no dia seguinte.
O motor de busca Google é outra entidade que adere ao Dia das Mentiras e anuncia novidades (falsas) no dia 1 de Abril. As redes sociais são, cada vez mais, um dos locais onde proliferam as mentiras do dia 1 de Abril.
Origem do Dia das Mentiras
O Dia das Mentiras surgiu por brincadeira na França, no reinado de Carlos IX. Nessa época, o ano novo era comemorado a 25 de Março, com a chegada da primavera. As festas, que incluíam troca de presentes, duravam uma semana e terminavam a 1 de Abril.
Em 1564, com a adoção do calendário gregoriano, o rei decidiu que o ano novo deveria passar a comemorar-se a 1 de Janeiro. Alguns franceses não aceitaram a mudança no calendário e continuaram com a tradição antiga. A população que adotou o novo calendário decidiu então brincar com os "conservadores" enviando-lhes presentes estranhos e convites para festas inexistentes. Com o passar do tempo, a brincadeira alastrou-se a outros países da Europa e, mais tarde, para outros continentes.


Em relação aos vencimentos dos deputados, eu defendo a exclusividade, para evitar confusões.
Mas parece que a lei portuguesa permite aos deputados optarem por estarem só a tempo parcial, usufruindo metade do vencimento.
Também sou contra.
Cá para mim, os deputados deviam ser pagos à hora.
E só recebiam mediante as horas de trabalho.
Assim, haveria uma proporcionalidade entre o trabalho efectuado e o vencimento auferido.
E evita-se certas situações, tai como um deputado estar a tempo parcial, quase nunca pôr os pés na AR, mas continuar a auferir metade do vencimento.


Vi numa notícia que iriam ser criados balcões de atendimento para deficientes.
Confesso que, quando vi o título, não fiquei entusiasmada.
(Abro aqui um parêntesis para explicar que estou numa cadeira de rodas.)
Parecia-me uma medida mais de exclusão do que inclusão, percebem o que eu quero dizer?
Mas depois de ler o artigo, percebi: o que se pretende é criação de balcões especializados em assuntos relacionados com a deficiência – pelo menos, foi isso que percebi..


Por último quero aqui partilhar um poema, “Dois Rumos” de Carlos Drummond de Andrade:

Mentir, eis o problema:
minto de vez em quando
ou sempre, por sistema?

Se mentir todo dia,
erguerei um castelo
em alta serrania

contra toda escalada,
e mais ninguém no mundo
me atira seta ervada?

Livre estarei, e dentro
de mim outra verdade
rebrilhará no centro?

Ou mentirei apenas
no varejo da vida,
sem alívio de penas,

sem suporte e armadura
ante o império dos grandes,
frágil, frágil criatura?

Pensarei ainda nisto.
Por enquanto não sei
se me exponho ou resisto,

se componho um casulo
e nele me agasalho,
tornando o resto nulo,

ou adiro à suposta
verdade contingente
que, de verdade, mente.

Carlos Drummond de Andrade, in ‘Boitempo’ 


Por hoje, é tudo.

Até uma próxima oportunidade.


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