quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Esquecidos & lembrados (26/10/2016)

Olá, como estão?


Hoje lembrei-me de uma série chinesa ou japonesa, que eu me lembro de ver na minha infância (acho que corria o ano de 1977) e que eu absolutamente adorava. Se não estou em erro, a série chamava-se “Lin Chung, o Justiceiro” (em inglês, “The Water Margin“).
Bem que algum dos muitos canais de televisão podia repetir esta série…


E como eu hoje estou numa de memórias, lembrei-me de um texto de William Shakespeare de que gosto muito:

Um dia você aprende… – William Shakespeare
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança ou proximidade. E começa a aprender que beijos não são contratos, tão pouco promessas de amor eterno. Começa a aceitar as suas derrotas com a cabeça erguida e olhos radiantes, com a graça de um adulto – e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, ao passo que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol pode queimar se ficarmos expostos a ele durante muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importa: algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e, por isto, você precisa estar sempre disposto a perdoá-la.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva um certo tempo para construir confiança e apenas alguns segundos para destruí-la; e que você, num instante, pode fazer coisas das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e que, de fato, os bons e verdadeiros amigos foram a nossa própria família que nos permitiu conhecer. Aprende que não temos que mudar de amigos: se compreendermos que os amigos mudam (assim como você), perceberá que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou até coisa alguma, tendo, assim mesmo, bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida lhe são tiradas muito cedo, ou muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que verdadeiramente amamos com palavras brandas, amorosas, pois cada instante que passa carrega a possibilidade de ser a última vez que as vemos; aprende que as circunstâncias e os ambientes possuem influência sobre nós, mas somente nós somos responsáveis por nós mesmos; começa a compreender que não se deve comparar-se com os outros, mas com o melhor que se pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto. Aprende que não importa o ponto a que já chegamos, mas para onde estamos, de fato, indo – mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar servirá.
Aprende que: ou você controla seus atos e temperamento, ou acabará escravo de si mesmo, pois eles acabarão por controlá-lo; e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa o quão delicada ou frágil é uma situação, sempre existem dois lados a serem considerados, ou analisados.
Aprende que heróis são pessoas que foram suficientemente corajosas para fazer o que era necessário fazer, enfrentando as consequências de seus atos. Aprende que paciência requer muita persistência e prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o pontapeie quando cai, poderá ser uma das poucas que o ajudará a levantar-se. (…) Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido: simplesmente o mundo não irá parar para que você possa consertá-lo. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, plante você mesmo seu jardim e decore sua alma – ao invés de esperar eternamente que alguém lhe traga flores. E você aprende que, realmente, tudo pode suportar; que realmente é forte e que pode ir muito mais longe – mesmo após ter pensado não ser capaz. E que realmente a vida tem seu valor, e, você, o seu próprio e inquestionável valor perante a vida.



Outra memória: Tetvocal. Lembram-se?




E outra: Filipa Pais.




E ainda outra: Diana Bastos.




Bom. Por hoje é tudo.

Até uma próxima oportunidade.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Aguaceiros (12/10/2016)

Olá, como estão?


Em relação às eleições presidenciais norte-americanas no próximo dia 08 de Novembro de 2016 e apesar de só se falar nas candidaturas de Hillary Clinton (Partido Democrata) e Donald Trump (Partido Republicano), na verdade há quatro candidatos. Além dos dois já mencionados, há mais duas candidaturas: Gary Johnson (Partido Libertário) e Jill Stein (Partido Verde).
Quanto àquela personagem que dá pelo nome de Donald Trump, pouco ou nada há a acrescentar ao muito que já foi dito – é asqueroso e pronto. Mas não chego ao ponto do actor Robert de Niro, de comparar a personagem com um cão, porque considero isso ofensivo para os cães.
Agora que eu adorava que nenhum dois (Clinton ou Trump) ganhasse, ai lá isso gostava… Era tão giro…
Sabem quem eu gostava que ganhasse?... A Jill Stein…
Assim, sempre seria uma mulher. Só que em vez da Hillary Clinton, seria a Jill Stein a ser a 1.ª mulher eleita Presidente dos EUA.


E viram aquela pretensa “manifestação pacífica“ dos taxistas contra a Uber?
Anedótico.
Quer dizer, eu acho muito bem que se os motoristas da Uber têm os direitos, também tenham que ter os deveres – isso é da mais elementar justiça.
Mas, e estou a falar só por mim, quer-me parecer que os taxistas já não querem só isso – a mim cheira-me mais a monopólio. Limitar o n.º de carros da Uber?...
Mas os taxistas perderam toda a razão que poderiam ter, quando fizeram isto:
Agora, é identificar os autores e obriga-los a pagar, não só o arranjo do carro, como uma indeminização aos ocupantes.
Mas o mais surpreendente é o Presidente da Federação Portuguesa de Táxis (acho que é este o nome…) dizer que está muito orgulhoso do comportamento de quem esteve na manifestação.
Perante isto, das duas, uma: ou ele esteve noutra manifestação, ou ele defende e apoia actos do mais puro vandalismo.
(Não sei porquê, toda esta situação faz-me lembrar uma visita do Benfica ao F.C.Porto, no 1.º ano de Jorge Jesus como treinador do Benfica, quando o autocarro do Benfica foi atacado e vandalizado: toda a gente a ver o que se estava a passar e o porta-voz da PSP a dizer que não se passava nada, que estava tudo normal.)
Sem comentários.


Ontem e hoje choveu – pelo menos aqui, no concelho de Santarém.
Já tinha saudades de ouvir chover…

Chuva
Chuva, caindo tão mansa,
Na paisagem do momento,
Trazes mais esta lembrança
De profundo isolamento.

Chuva, caindo em silêncio
Na tarde, sem claridade...
A meu sonhar d'hoje, vence-o
Uma infinita saudade.

Chuva, caindo tão mansa,
Em branda serenidade.
Hoje minh'alma descansa.
— Que perfeita intimidade!...

Francisco Bugalho, in "Paisagem" 


Por hoje é tudo.
Até uma próxima oportunidade.






quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Republicanices (05/10/2016)

Olá, como estão?


Ontem, dia 04 de Outubro, foi Dia Mundial do Animal.
E hoje, dia 05 de Outubro¸ é Dia da Implantação da República
Portuguesa.

Quanto a animais, cá em casa estamos bem servidos: 1 cão (Félix), 3 gatas (Nucha, Nikita e Chiquita) e 2 coelhos (Orelhas e Branquinha) – friso apenas que os coelhos estão separados, cada um na sua coelheira, pois como já Hal Boyle[1] dizia, "O medo é a única coisa que se multiplica mais depressa que um casal de coelhos.”
Quanto ao dia 05 de Outubro, o 106º aniversário da Implantação da República Portuguesa (foi em 1910), após alguns anos, volta a ser feriado. E ainda bem! Já o disse e volto a dizer: sempre achei uma tremenda idiotice acabarem com os feriados. E os supostos objectivos desse fim nunca foram cumpridos.


Eu nunca falei aqui das eleições americanas, mas meu Deus!... Aquele Donald Trump é mesmo um total e completo imbecil. Como se costuma dizer, não dá uma para caixa. Daquela cabecinha, não escorre uma única ideia que se aproveite: só serve para ter aquela ridícula cabeleira. Quer-se dizer, ele até tem ideias (fascistas e reacionárias), mas não é nada de jeito.
Anda tudo muito preocupado com a ascensão da extrema-direita – o que é, na verdade, preocupante. Mas e nos EUA? Se calhar quem vai para a Casa Branca é ainda pior…
Não resisto aqui a partilhar uma imagem que vi no Facebook. Para quem não fala inglês, aqui fica a tradução:

Donald Trump: Os imigrantes ilegais DEVEM ser enviados para os países de origem.
Americano nativo: Ohhh! A sério?? Então quando é que vais?


Por hoje é tudo.
Até uma próxima oportunidade.





[1]  Jornalista norte-americano, vencedor do Prémio Pulitzer (24/07/1911 – 01/04/1974)