sábado, 31 de outubro de 2015

Assembleias, bruxas e esperanças (31/10/2015)



Olá, como estão?


Hoje está a ter lugar a XX Assembleia Geral da APAHE – Associação Portuguesa de Ataxias Hereditárias (http://www.apahe.pt.vu), em Vila Franca de Xira.
Mas, para mal dos meus pecados, não vou posso ir.
Tenho tantas dores nos ombros, que fico sem força nos braços. E sem força, não consigo entrar num carro. Até os oiço a fazer CRAC-CRAC-CRAC (e acreditem-me quando vos digo: o som é de arrepiar)…
Eu estou melhor da tosse, isso estou, mas estes ombros…
Eu realmente queria ir, mas assim não posso, pois não posso forçar os ombros: na próxima Segunda-feira, 02/11/2015, Dia de Finados e após um interregno de aproximadamente 3 semanas, quero ver se recomeço com as minhas sessões de fisioterapia.
E para isso preciso mesmo de conseguir entrar no carro – de costas ou de barriga…
Olhando para mim, ninguém diria que se sinto assim tão mal, mas a verdade é que eu sempre fui assim.
Lembro-me de que há uns anos tive um problema nos rins e que só foi descoberto numas análises de rotina, pois não tinha sintomas.
Eu posso parecer muito bem e estar muito mal.


Hoje é dia 31 de Outubro.
Para mal dos meus pecados e suprema irritação, muitos (e infelizmente, parece que cada vez mais…) andam a adoptar um costume que não é nosso: o Halloween, Dia das Bruxas.
O Dia das Bruxas (Halloween é o nome original na língua inglesa) é um evento tradicional e cultural, que ocorre principalmente em países de língua inglesa, mas com especial relevância nos Estados UnidosCanadáIrlanda e Reino Unido, tendo como origem as celebrações dos antigos povos Celtas.
O primeiro registro do termo "Halloween" é de cerca de 1745. Derivou da contracção do termo escocês "Hallo-Hellu" (véspera do Dia de Todos os Santos) que era a noite das bruxas. No Cristianismo existe o costume de celebração das chamadas Vésperas. No último serviço religioso do dia, depois do anoitecer, celebra-se o dia que está por vir. Na Antiga Religião celta existia o Samhain, a Festa dos Mortos (no Cristianismo é celebrado dia 2 de novembro).Com a Cristianização das Ilhas Britânicas, de maioria Celta, houve uma mistura dos costumes das 2 religiões.
Posto que, entre o pôr-do-sol do dia 31 de outubro e 1° de novembro, ocorria a noite sagrada (hallow evening, em inglês), acredita-se que assim se deu origem ao nome atual da festa: Hallow Evening Hallowe'en Halloween. Rapidamente se conclui que o termo Dia das bruxas não é utilizado pelos povos de língua inglesa, sendo essa uma designação apenas dos povos de língua (oficial) portuguesa.
Outra hipótese é que a Igreja Católica ao eliminar o dia de Martinho Lutero, que foi o fundador da igreja protestante, disse que a salvação é pela graça e não pela obra (indulgencias). Este dia seria conhecido nos países de língua inglesa como Day of Martin Luther.
Essa designação perpetuou-se e a comemoração do Halloween, levada até aos Estados Unidos pelos emigrantes irlandeses no século XIX, ficou assim conhecida como "dia das bruxas", uma lenda histórica
A origem do Halloween traz às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcas das diferenças em relação às atuais abóboras ou da muita famosa frase "doces ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o Halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão (samhain significa literalmente "fim do verão").
A celebração do Halloween tem duas origens que no transcurso da História foram se misturando:
A origem pagã do "dia das bruxas" tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos e à deusa YuuByeol (símbolo antigo da perfeição celta). A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou unindo a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo. Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades do Samhan eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio caminho entre o equinócio de outono e o solstício de inverno, no hemisfério norte). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davam ao ano novo celta. A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para os cristãos seriam "o céu e a terra" (conceitos que só chegaram com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. As festas eram presididas pelos sacerdotes druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.
Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (Panteão) num templo cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III († 741) mudou a data para 1 de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Evee "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".
Se analisarmos o modo como o Halloween é celebrado hoje, veremos que pouco tem a ver com as suas origens: só restou uma alusão aos mortos, mas com um carácter completamente distinto do que tinha ao princípio. Além disso foi sendo pouco a pouco incorporada toda uma série de elementos estranhos tanto à festa de Finados como à de Todos os Santos.
Entre os elementos acrescidos, temos por exemplo o costume dos "disfarces", muito possivelmente nascido na França entre os séculos XIV e XV. Nessa época a Europa foi flagelada pela Peste Negra e a peste bubônica dizimou perto da metade da população do Continente, criando entre os católicos um grande temor e preocupação com a morte. Multiplicaram se as Missas na festa dos Fiéis Defuntos e nasceram muitas representações artísticas que recordavam às pessoas a sua própria mortalidade, algumas dessas representações eram conhecidas como danças da morte ou danças macabras.
Alguns fiéis, dotados de um espírito mais burlesco, costumavam adornar na véspera da festa de finados as paredes dos cemitérios com imagens do diabo puxando uma fila de pessoas para a tumba: papas, reis, damas, cavaleiros, monges, camponeses, leprosos, etc. (afinal, a morte não respeita ninguém). Também eram feitas representações cênicas, com pessoas disfarçadas de personalidades famosas e personificando inclusive a morte, à qual todos deveriam chegar.
Na Idade Média, um costume do Dia de Finados era o souling (de "soul", alma), em que crianças iam pedindo pelas portas um bolo, o "bolo das almas", em troca do qual fazia uma oração pelos familiares falecidos de quem lhes dava o bolo . Essa tradição poderá ter evoluído para a tradição de pedir um doce, sob ameaça de fazer uma travessura (trick or treat, "doce ou travessura"), que teve possivelmente origem na Inglaterra, no período da perseguição protestante contra os católicos (1500-1700). Nesse período, os católicos ingleses foram privados dos seus direitos legais e não podiam exercer nenhum cargo público. Além disso, foram lhes infligidas multas, altos impostos e até mesmo a prisão. Celebrar a missa era passível da pena capital e centenas de sacerdotes foram martirizados. Produto dessa perseguição foi a tentativa de atentado contra o rei protestante Jorge I. O plano, conhecido como Gunpowder Plot ("Conspiração da pólvora"), era fazer explodir o Parlamento, matando o rei, e assim dar início a um levante dos católicos oprimidos. A trama foi descoberta em 5 de novembro de 1605, quando um católico converso chamado Guy Fawkes foi apanhado guardando pólvora na sua casa, tendo sido enforcado logo em seguida. Em pouco tempo a data converteu se numa grande festa na Inglaterra (que perdura até hoje): muitos protestantes a celebravam usando máscaras e visitando as casas dos católicos para exigir deles cerveja e pastéis, dizendo-lhes: trick or treat (doce ou travessuras). Mais tarde, a comemoração do dia de Guy Fawkes chegou à América trazida pelos primeiros colonos, que a transferiram para o dia 31 de outubro, unindo a com a festa do Halloween, que havia sido introduzida no país pelos imigrantes irlandeses. Vemos, portanto, que a atual festa do Halloween é produto da mescla de muitas tradições, trazidas pelos colonos no século XVIII para os Estados Unidos e ali integradas de modo peculiar na sua cultura. Muitas delas já foram esquecidas na Europa, onde hoje, por colonização cultural dos Estados Unidos, aparece o Halloween enquanto desaparecem as tradições locais.
E eu até tenho um grande amigo que, carinhosamente, me chama de “bruxinha”.
E também coleciono figuras de bruxas e bruxinhas.
Mas… pronto!, não gosto do Dia das Bruxas.


E ontem o novo governo tomou posse, o XX Governo Constitucional.
Mas parece que este é um governo a prazo, com os dias contados.
Mas há uma coisa que suscita curiosidade: vocês sabem como o Cavaco anda sempre a invocar o “superior interesse nacional”?
Pois bem, imagem que o governo cai. Estão a ver o Cavaco convidar o António Costa para formar governo?
Pois, eu também não.
Sendo assim, o que acontece depois? Um governo de gestão? Mas isso não vai ser mau para o país? E sendo assim, onde fica o “superior interesse nacional”?
Mas não vamos fazer futurologia.
Vamos esperar para ver.


E ouviram falar do novo regime para a atribuição da pensão por invalidez (http://observador.pt/2015/10/27/pensao-invalidez-so-for-dependente-terceiros-tiver-esperanca-vida-tres-anos-vida/)?
É caso para se começar a falar, em vez de “esperança de vida”, em “esperança de morte”.


Por hoje é tudo.
Até à próxima.


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Faz o que eu digo... (28/10/2015)



Olá; como estão?


Vi no Facebook que a solução encontrada, pela Assembleia da República. para a acessibilidade do deputado do BE, Jorge Falcato, que se desloca em cadeira de rodas, foi a colocação de rampas. O que é, no mínimo, verdadeiramente ridículo!
Se fosse comigo, eu nunca que nunca iria conseguir subir aquela rampa: onde é que eu tinha a força nos braços para fazer rodar a cadeira?
É que falar é muito fácil, mas… e o resto?
Mas afinal, não foi esta mesma Assembleia da República (com outro elenco, é certo) que aprovou a dita Lei das Acessibilidades (http://www.inr.pt/bibliopac/diplomas/dl_163_2006.htm)?
E também não foi esta mesma Assembleia da República que recentemente gastou milhares e milhares de euros em obras de recuperação e renovação?
Para quê, alguém me sabe dizer?
Como já dizia James Farrel, em “A juventude de Studs Lonigan”: “Faz o que eu digo mas não faças o que eu faço. Esta é a verdadeira sabedoria.”


Parece que o XX Governo Constitucional, que vai tomar posse no próximo dia 30 de Outubro de 2015, às 12h00, no Palácio da Ajuda, já está constituído.
Este é o elenco:
- Primeiro-ministro: Pedro Passos Coelho
- Vice-primeiro-ministro: Paulo Portas
- Ministra de Estado e das Finanças: Maria Luís Albuquerque
- Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: Rui Machete
- Ministro da Defesa Nacional: José Pedro Aguiar-Branco
- Ministro da Presidência e do Desenvolvimento Regional: Luís Marques Guedes
- Ministro da Administração Interna: João Calvão da Silva
- Ministro da Justiça: Fernando Negrão
- Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia: Jorge Moreira da Silva
- Ministra da Agricultura e do Mar: Assunção Cristas
- Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social: Pedro Mota Soares
- Ministro da Economia: Luís Miguel Morais Leitão
- Ministro da Saúde: Fernando Serra Leal da Costa
- Ministra da Educação e Ciência: Margarida Isabel Mano Tavares Simões Lopes Marques de Almeida
- Ministro da Modernização Administrativa: Rui Pedro Costa Melo Medeiros
- Ministra da Cultura, Igualdade e Cidadania: Maria Teresa da Silva Morais
- Ministro dos Assuntos Parlamentares: Carlos Henrique da Costa Neves
Em relação às pastas, faço, desde já, duas observações:
1.ª – Ministério da Cultura – mas não foi este mesmo Pedro Passos Coelho que na anterior legislatura “despromoveu” a Cultura a uma simples Secretaria de Estado? Então agora volta a “promovê-la” a Ministério? Porque será?
2.ª – Ministério da Modernização Administrativa – Então é preciso criar um Ministério, de propósito, para isso? Porquê?


E eu estou a ver cada vez mais mal parada a hipótese de ir à Assembleia Geral da APAHE – Associação Portuguesa de Ataxias Hereditárias (http://www.apahe.pt.vu), no Sábado, em Vila Franca de Xira.
Então, eu cada vez estou com mais tosse e menos força…
Todos os anos é a mesma coisa: as mudanças de temperatura são do piorio para mim.
Mas este ano está a ser ainda pior…


Por hoje é tudo.
Até à próxima.






segunda-feira, 26 de outubro de 2015

1-X-2 (26/10/2015)



Olá, como estão?


Tenho muito orgulho em ser benfiquista.
Vem isto a propósito da derrota de ontem do Benfica frente ao Sporting, no Estádio da Luz, por 0-3.
Então, quero desde já endereçar os parabéns à equipa de futebol do Sporting pela vitória.
(A César o que é de César e o seu a seu dono: a equipa de futebol é quem merece os parabéns – jogadores, equipa técnica e demais elementos).
E também estender os meus parabéns a todos os adeptos, de ambas as equipas, que souberam ignorar certas afirmações incendiárias que andaram para aí a papaguear, a porem-se em bicos dos pés, numa tentativa infeliz de obter protagonismo.
Depois desta derrota, importa levantar a cabeça e continuar.
Como já cantava o Carlos do Carmo, “Por morrer uma andorinha, não acaba a Primavera”.
Está bem, estamos no Outono, mas vocês percebem a ideia.
Seja como for.
FORÇA BENFICA!!!





Por hoje é tudo.
Até à próxima.

domingo, 25 de outubro de 2015

Assuntos para lamentar (25/10/2015)



Olá, como estão?


Hoje é o 1.º dia do chamado horário de Inverno.
Ou seja, esta madrugada os relógios atrasaram uma hora: às 02h00 deviam atrasar para a 01h00.
Mas eu não fiz assim: aliás, nunca faço.
Antes de me deitar, acerto os relógios.
Assim, deito-me e acordo já pela hora nova.


O novo Parlamento já tomou posse.
Até que enfim…
A sério que eu não percebo este burburinho todo. É um governo minoritário. E daí? Até parece que é o primeiro… Está bem, nunca um governo minoritário enfrentou uma maioria parlamentar tão declaradamente adversa, mas… Bolas!... Pensem mais no país em vez de olharem só para o próprio umbigo...
Parece que o PS, BE e PCP já estudam a hipótese de apresentarem moções de rejeição ao programa do novo governo.
Não sei, não…
Sabem o que isto tudo me lembra?
O Cavaco Silva, enquanto Primeiro-Ministro.
Senão, vejam:
o   X Governo Constitucional: governo PSD minoritário, que tomou posse a 06/11/1985. Devido à apresentação de uma moção de censura, o governo cessa funções a 17/08/1987
o   XI Governo Constitucional: governo PSD maioritário, que tomou posse a 17/08/1987. Cessa funções a 31/10/1991
o   XII Governo Constitucional: governo PSD maioritário, que tomou posse a 31/10/1991. Cessa funções a 28/10/1995
Para bem, o governo de Passos Coelho cai – ou fazem-no cair… E depois ele volta em força.
Estão a perceber a ideia?
Bom, só podemos esperar para ver…


E hoje comecei a minha vida a andar para trás: ataques de tosse monumentais, espirros fortíssimos, dores nas pernas devido às contracções musculares, dores nos braços…
Mau… Mau, mau Maria…
Isto não é nada bom sinal.
Quando isto acontece, só há uma coisa a fazer: encostar ao estaleiro.
Todos os anos é a mesma coisa: as mudanças de temperatura dão cabo de mim.
Mas de ano para ano a situação tem vindo a agravar-se.
E eu que no Sábado, 31/10/2015, queria ir à Assembleia Geral da APAHE - Associação Portuguesa de Ataxias Hereditárias, em Vila Franca de Xira.
Eu realmente queria, mas assim... Não sei, não...
Olha, quando chegar ao dia, logo se vê.


Bom, por hoje é tudo.
Até á próxima.




quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Feiras e Festivais (22/10/2015)

Olá, como estão?


Hoje começa o Festival Nacional de Gastronomia de Santarém.
O 35.º.
Só lá fui comer uma vez, nas tasquinhas, com um grupo de amigos, no ano já distante de 1989 – eu sei o ano, porque foi o ano em que estive a trabalhar no IEFP – Centro de Emprego de Santarém, ao abrigo do programa OTJ (Ocupação Temporária de Jovens).
Lembro-me que começámos por comer sopa de peixe (já me lembro se na tasquinha de Sesimbra, se na de Setúbal), depois comemos carne (na tasquinha de Minde) e para a sobremesa fomos à tasquinha das Caldas (da Rainha).
Claro está, que quando eu lá fui, eu ainda nem sequer sonhava com o que me viria a sair na rifa anos mais tarde – a malfadada ataxia de Friedreich.
Nem sequer sei se, actualmente, o Festival possui condições para receber pessoas com mobilidade condicionada e em cadeira de rodas.
Acho que por lei são obrigados a isso, mas… mas, mas…

E para a semana começa a Feira de todos os Santos, no Cartaxo.


Ainda me lembro de, quando estudava, os carrosséis e carrinhos de choque irem directamente da Feira da Piedade, em Santarém (actualmente, já praticamente extinta), para a Feira de todos os Santos, no Cartaxo.
E mesmo depois da feira, no Cartaxo, já ter terminado, as diversões ainda por lá continuavam, por causa do afluxo de estudantes – a Escola Secundária ficava a, mais ou menos, dois minutos: saia-se da escola, descia-se uma rua e pronto!, estava-se no recinto da feira.
Eu própria, quando andava no 11.º ano, cheguei a ir andar nos carrinhos de choque.

Havia ainda uma espécie de tradição em relação às duas feiras, Piedade e Santos: as pessoas diziam que quando chovia na Feira da Piedade, já não chovia na Feira de todos os Santos e vice-versa.


E por hoje é tudo.
Até à próxima.


domingo, 11 de outubro de 2015

Tem graça (11/10/2015)



Olá, como estão?


Hoje lembrei-me de uma lengalenga/anedota que a minha mãe um dia me contou, que, por sua vez, lhe tinha sido contada pela sua mãe.
Era, mais ou menos, assim:

Um homem, um certo dia, encontrou um conhecido, que não via há muito tempo.
Começaram a falar e a qualquer coisa que ele dizia, o outro respondia sempre “Tem graça”.
Quando se despediram e foi cada um para o seu lado, o nosso homem começou a pensar “Tem graça?!... Mas o que será que tem tanta graça?...”
E começou a dizer baixinho:
Tem graça
Graça do Senhor
Senhor dos Passos
Paços do Concelho
Conselho de Ministros
Ministro da Guerra
Guerra Junqueiro
Junqueira, Belém
Belém, Alcântara
Alcântara-Mar
O mar tem peixe
Peixe do alto
Do alto da Serra
Da Serra da Estrela
Estrela do céu
O céu é azul
Azul é tinta
A tinta leva óleo
Óleo para as papas
Papas para o menino
O menino bebe leite
Leite da vaca
A vaca tem cornos...
E exclama em voz alta: “Aquele gajo chamou-me cabrão!”


E por hoje é tudo.
Até um dia destes.


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

As pombinhas da Catrina... (07/10/2015)

Olá, como estão?


Sabem o que me lembra esta vitória do Pedro Passos Coelho, nestas últimas eleições legislativas do dia 04 de Outubro de 2015?
A vitória de Aníbal Cavaco Silva nas eleições legislativas do dia 06 de Outubro de 1991.
O Cavaco Silva ganhou com maioria absoluta, mas no dia a seguir ninguém tinha votado nele.
Pois…
A diferença é que o Passos Coelho não ganhou com maioria absoluta.
E há um ditado que teimosamente irrompe na minha cabeça: “Cada qual só tem o que merece”.


Às vezes dou por mim a ser assaltada por memórias distantes.
Um dia destes fui assaltada por mais uma: as “Pombinhas de Santarém” que a minha avó materna me trazia sempre que ia a Santarém, pois mesmo ao lado do edifício da Rodoviária havia uma padaria/pastelaria que as vendia.
Infelizmente já não encontro as saudosas “Pombinhas de Santarém” à venda em lugar algum.



Por hoje é tudo.
Até uma próxima oportunidade.


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Nem tudo o que reluz é ouro, nem tudo o que balança cai (05/10/2015)

Olá, como estão?


Hoje é dia 05 de Outubro, dia em que se assinala a Implantação da República.
Mas já não vou falar mais da atitude lamentável do nosso suposto Presidente da República.
Já disse o que tinha a dizer.


E pronto!
Tudo na mesma… como a lesma…
Mas… e daí, nem tanto…
Quer dizer, a coligação PàF, o actual governo, realmente foi o partido mais votado nestas eleições legislativas, mas, ao mesmo tempo, houve uma mudança… Uma significativa viragem à esquerda…
Ou seja, por um lado, o povo português permitiu ao actual governo continuar em funções, mas, pelo outro, mostrou-lhes um valente cartão amarelo.
E o PAN, o partido dos animais, elegeu um deputado. O que até tem lógica… Afinal, a eleição decorreu no Dia Mundial do Animal.


E por agora é tudo.
Até uma próxima oportunidade.


domingo, 4 de outubro de 2015

Votos, bichos e frutos (04/10/2015)

Olá, como estão?


Hoje é dia de eleições legislativas.
Mas eu não vou votar.
Só que a minha abstenção é tudo menos voluntária – é antes por necessidade.
Sim, porque isto de estar numa cadeira de rodas devido a ter uma doença neurodegenerativa tem que se lhe diga…
Eu gostava muito de ter ido votar, mas… mas, mas…
Nem sempre (muitas vezes, aliás) as coisas são como nós gostaríamos que fosse… Muitas e muitas vezes temos que nos adaptar às circunstâncias que nos rodeiam, incluindo as dos nossos cuidadores…

Ontem à noite só já vi o final da participação de dois comentadores num programa do canal
SIC Notícias.
Um desses comentadores (infelizmente, não fixei o nome de nenhum) estava a falar da forma de votar e ele disse uma coisa com a qual concordo em absoluto: devia-se aproveitar as novas tecnologias e aproximar o voto do cidadão, pois o país tem-se mantido bastante conservador nesse aspecto – eu diria mesmo elitista.
E ainda falam em tornar o voto obrigatório?...
Pois, pois…
Já agora, esclareço que sou obstinadamente contra a obrigatoriedade do voto. Entendo que a abstenção também é um direito conquistado.

Ainda nesse mesmo programa, acerca da ausência (já anunciada) de Cavaco Silva das comemorações do 05 de Outubro porque vai estar em reflexão sobre os resultados eleitorais, o outro comentador achou que era uma falta de respeito aos portugueses.
Eu vou mais longe: é uma autêntica falta de respeito à instituição que ele próprio representa.
Se em 1910, no dia 05 de Outubro, não tivessem levado a uma revolução, ele hoje, provavelmente, não estaria onde está.
E depois, essa história da “reflexão”…
Mas não foi ele que marcou as eleições para 04 de Outubro???
Ele já sabia muito bem que o dia 05 de Outubro, Dia da Implantação da República, era logo a seguir ao dia das eleições.
Pelo menos, na minha terra, o 5 vem sempre a seguir ao 4…

E para acabar com o assunto eleições, uma história que se passou com a minha mãe: ontem, ela viu na TVI (penso que não me estou a enganar) uma reportagem sobre onde iriam funcionar as cabines de voto. E às tantas aparece uma imagem do Passos Coelho e do Portas. O que está errado. Parece que a imagem passou rápido, mas seja como for, ontem não era suposto ser dia de reflexão?


E hoje também é Dia Mundial do Animal.
Cá em casa há 6: um cão (Félix), 3 gatas (Nucha, Chiquita e Nikita) e 2 coelhos (D: Afonso I, o “Orelhas” e a D. Lola Carlota, a “Branquinha”).
E chega.
Eu adoro animais, mas também há uma coisa muito importante, chamada responsabilidade.


E vá se lá saber porquê, hoje lembrei-me, de quando era pequenina, apanhar saramanhos – um fruto pequenino, quase uma baga.

Na horta que os meus avós maternos tinham (onde estavam as hortas, ergue-se hoje uma urbanização), lembro-me de os apanhar junto ao poço.
Sempre com muito cuidado, para não cair à água.
Nunca mais vi esse fruto…


E por hoje é tudo.

Até uma próxima oportunidade.