quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

31-12-2014





Olá, como estão?


Só vos quero desejar um muito feliz ano novo e que o mesmo vos traga tudo o que mais desejardes.

FELIZ ANO NOVO!!!

(e lembrem-se: entrem em 2015 com o pé direito)



Até para o ano!



terça-feira, 30 de dezembro de 2014

30-12-2014





Olá, como estão?


Afinal, o tal avião malaio não desapareceu simplesmente.
Parece que, aos poucos, já estão a retirar os corpos do fundo do mar – acho que já recuperaram cerca de 40.


Também acontece com vocês aparecerem com nódoas negras que não sabem explicar?
Comigo, é o pão nosso de cada dia.
Volta na volta, oiço a minha mãe a perguntar-me: “Tens aqui uma nódoa negra tão grande… Onde é que fizeste isto?”
E a minha resposta é sempre a mesma: “Não faço a mínima ideia.”


A minha pele é muito clara, muito pálida.
E basta eu encostar-me ao que quer que seja com mais alguma força, que pronto, já está.
Nódoa negra.


E muitas nem as sinto, não me doem.


Lembro-me daqui há uns anos, ainda antes de eu estar na cadeira de rodas.
Como eu já tinha desequilíbrios, ia muitas vezes de encontro às coisas.
E ficava com nódoas negras, especialmente nos braços.
No Inverno, com as mangas compridas, a coisa ainda disfarçava.
Agora, no Verão…
Quem me conhecia, sabia o que se passava e qual era o meu problema.
O pior eram os outros, quem não me conhecia.
Mais que uma vez apanhei-os a olhar para mim um olhar… no mínimo, estranho: lamento, impressão, incómodo, desprezo, sei lá mais o quê.
E eu não percebia a razão daqueles olhares.
Até que, de repente, se fez luz.
Eu sabia porque é que as pessoas olhavam para mim assim.
Na mente delas, eu devia levar uma vida desgraçada, a apanhar surras valentes. E as nódoas negras nos meus braços seriam a prova disso mesmo.
Isto só prova que as aparências podem iludir.
E bem.


E é com esta nota, que me despeço.
Até uma próxima oportunidade.






segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

29-12-2014




Olá, como estão?


Sabem…
Eu não acredito em bruxas… pero que las hay, las hay.
Vem isto a propósito por causa daquela história daquele avião da Malásia que desapareceu ontem dos radares, quando viajava entre a Indonésia e Singapura, com cerca de 160 passageiros a bordo.
Já é o 2.º avião que desaparece em circunstâncias misteriosas, só este ano.
O 1.º foi em Março, e agora este.
E ambos originários do mesmo país, a Malásia – se bem que de companhias aéreas diferentes.


Faz de conta que é um 2.º triângulo das Bermudas – só que na Ásia.


Não é por nada, mas esta história parece mesmo ao jeito dum episódio de “The X-files” (“Ficheiros Secretos”).
Lembram-se dessa série, com os agentes do FBI Fox Mulder (o crente, interpretado por David Duchovny) e Dana Scully (a céptica, interpretada por Gillian Anderson), e aquela música inesquecível?



E é nesta nota que me despeço.
Até uma próxima oportunidade.


domingo, 28 de dezembro de 2014

28-12-2014





Olá, como estão?


Eu até que vou relativamente bem.
O pior é o frio.
E, ainda por cima, a Protecção Civil emitiu um aviso por causa do muito mais frio que ainda aí vem.
Como eu li ontem, vai ser uma passagem de ano a bater o dente.
De frio.


Eu não sei se com os outros atáxicos também é assim.
Pelo menos comigo, é.
O frio contrai-me os músculos.
Que ficam muito rígidos – parecem pedra.
E fico com dores, muitas dores.
De tal forma, que me apetece gritar, chorar, trepar pelas paredes, sei lá…
E fico sem posição.
Ou seja, não consigo estar deitada. Nem sentada.
E primeiro que os músculos descontraiam…
A coisa só vai lá com sacos de água quente e massagens.


A parte do meu corpo mais afectada são mesmo as minhas pernas.
Portanto, tenho sempre o cuidado de andar com calças quentes nos meses de frio: malha, moletão…
Mas há uma coisa que não sou capaz de fazer.
Não me sinto bem.
Vestir collants por debaixo das calças.


Li ontem que, a partir de amanhã, a temperatura vai descer entre 4º e 9º.
A minha mãe diz que isto não é nada.
Pois quando eu andava na escola, a temperatura em casa, de manhã, chegava a estar a 5º.
Ontem estava a 12º.


Eu lembro-me de um dia de escola, que estava cá um briol…
Nunca me lembro de um dia tão frio como esse.
Andava no 11.º ano. Ou seja, foi no ano lectivo de 1986/87.
Frequentava a Escola Secundária do Cartaxo.
Ainda me lembro do que tinha vestido nesse dia: uma camisola interior, um pulôver de malha justo ao corpo, uma camisa e uma camisola forrada a pelinho. Por cima de tudo, um casaco de fazenda. Isto, da cintura para cima. Da cintura para baixo, umas collants quentes, umas meias grossas, umas calças de bombazine (o frio era tanto nesse dia, que até isso fiz) e umas botas altas quentinhas.
Não sei dizer que dia da semana era, mas sei que tinha aulas o dia todo, pois lembro-me de estar na fila para o refeitório.
Já na vila (na altura, porque agora já é cidade) do Cartaxo, a caminho da escola, só se via telhados e carros brancos.


E é com a memória desse dia bem frio, que por agora vos deixo.

Até uma próxima oportunidade.

sábado, 27 de dezembro de 2014

27-12-2014




Olá, como estão?


Ontem, fez 10 anos que foi o tsunami na Ásia.
E como uma coisa leva a outra, dei por mim a pensar.
Porque é que teimamos em dizer tsunami, que é a palavra japonesa para onda gigante, quando há uma palavra do vocabulário português que se aplica a esse fenómeno?
Maremoto, é essa a palavra.
Mas este não é o único estrangeirismo que parece que preferimos usar, em detrimento da mesmíssima expressão em português de Portugal.
Por exemplo, bouquet (França). Em vez de ramo de flores.
Ou ainda chance (Brasil). Em vez de hipótese.
Será preguiça?...
Talvez.
Talvez seja mais fácil ou cómodo pensar no estrangeirismo do que procurar a expressão equivalente, no “nosso” português.
Eu própria (e faço aqui, desde já, um “mea culpa”*), por vezes – é melhor dizer muitas vezes – caio, ou persisto, no mesmo erro.
Não sei porquê.
Até parece que os estrangeirismos estão mesmo ali ao virar da esquina.
À mão de semear.


Enfim…


Já alguma vez se sentiram zangados, frustrados, quase que desesperados e até mesmo ultrajados, por não os estarem a ouvir?
Eu já.
No ano passado passei por uma fase de completa exaustão.
E tive que deixar de fazer algumas coisas.
Mas houve pessoas que tiveram dificuldade, não sei se em aceitar, se em acreditar.
Eu até me comecei a pôr em causa: será que sou eu que não estou a conseguir transmitir a minha realidade?
E a impotência instalou-se.
Porque eu não me conseguia fazer ouvir.
Mas, eventualmente e a muito custo, lá consegui fazer passar a minha mensagem.
Aliás, eu andava de tal maneira exausta, que ainda hoje oiço os ecos de atitudes minhas dessa altura: coisas que fiz ou disse e das quais não tenho a mais pequena réstia de memória.
Mas aos poucos, d-e-v-a-g-a-r-i-n-h-o, com passinhos de bebé, estou a conseguir recuperar.


E é com esta nota que me despeço.
Até uma próxima oportunidade.

      


*mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa – minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa





















sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

26-12-2014





Olá, como estão?


E mais um Natal se passou…
Agora, ao virar da esquina, vem já aí o Ano Novo.
E, já se sabe…


Todos os anos é a mesma coisa: uma autêntica procissão de resoluções para o Ano Novo.
Nunca falha.
É matemático.


Quanto a mim, a minha maior resolução é pensar mais em mim e nas minhas necessidades.
Pôr-me em primeiro lugar.
Em suma, ser mais egoísta, que um pouco de egoísmo nunca fez mal a ninguém.
Se há coisa em quem eu não acredito, é num mártir.
Aliás, eu considero mesmo a martirização, um autêntico desperdício.


Para terminar, um poema de Vitorino Nemésio:

A Tempo
A tempo entrei no tempo,
Sem tempo dele sairei:
Homem moderno,
Antigo serei.
Evito o inferno
Contra tempo, eterno
À paz que visei.
Com mais tempo
Terei tempo:
No fim dos tempos serei
Como quem se salva a tempo.
E, entretanto, durei.

Vitorino Nemésio, in 'O Verbo e a Morte'
(poema retirado da página da Internet,  http://www.citador.pt/poemas/a-tempo-vitorino-nemesio)


E com esta nota, me despeço.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

24-12-2014






Olá, como estão?


Hoje só vos quero desejar um Santo e Feliz Natal, na companhia de quem mais querem.






Até uma próxima oportunidade.




terça-feira, 23 de dezembro de 2014

23-12-2014





Olá, como estão?


Hoje, como estamos na quadra do Natal, época da boa-vontade e de dar e receber, volto a chamar a V/ atenção para a APAHE – Associação Portuguesa de Ataxias Hereditárias (http://www.apahe.pt.vu) e para o trabalho meritório que desenvolve.


Para isso, apresento dois pequenos filmes.









Até uma próxima oportunidade.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

22-12-2014





Olá, como estão?


Eu cá vou andando, com as minhas dores, cantando muito bem calada…


Olhando para a dita actualidade, há uma coisa que sempre me fez, faz, e vai continuar a fazer muita confusão: se o José Sócrates está preso, como é possível o Ricardo Salgado, que é acusado de ter feito muito pior, estar cá fora?
Por estas e por outras, sou obrigada a acreditar quando os defensores de José Sócrates dizem que ele só está preso por ser quem é, que a prisão dele tem motivações políticas.


A privatização da TAP.
Sou contra.
Só não sei se a greve será a melhor maneira de os trabalhadores manifestarem o seu desacordo com a privatização…
Mas isto sou só eu.
Os trabalhadores é que, melhor que ninguém, sabem o que já têm feito.
Se partiram para a greve, eles lá sabem, mas se calhar é porque se sentiam encurralados e que esta era a única maneira de se fazerem ouvir.
Mas uma coisa digo: com a requisição civil, o Governo está a reconhecer a importância estratégica da TAP.
Ora, se a empresa tem assim tanta importância (e tem!), como é possível o Governo querer privatizá-la?


O fim do embargo dos EUA a Cuba.
Até que enfim!
Gostei muito do discurso do Obama, quando ele reconheceu que o embargo não estava a resultar.
Custou, mas foi.
Demorou tempo (MUUUUUUUUUUUUUUUUUITO tempo…), mas finalmente chegou.
A César o que é de César: o homem, o Obama, teve coragem.
Claro que já se levantaram muitas vozes contra, mas sabem o que eu digo a esses?
Digo que são uns HIPÓCRITAS – os EUA têm relações diplomáticas com ladrões e assassinos muito piores, mas contra esses nem um pio!
Mas sabem o que me tirou mesmo do sério?
Ver os cubanos radicados nos EUA a manifestarem-se contra o fim do embargo.
Sério???
Se queriam tanto a democracia, porque é que não ficaram lá, em Cuba, a lutarem pela democracia?
Portugal foi uma ditadura durante 48 anos.
E tiveram que ser os próprios portugueses a lutarem e a porem um fim à ditadura.


E com esta nota, me despeço.



quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

18-12-2014





Olá, como estão?


Eu, estou PÉÉÉSSIMA…
Estou toda dorida, contraída, encolhida, sei lá que mais.
Sabem uma coisa?
Tenho que começar a fazer como os ursos e companhia limitada: hibernar.


Por um lado eu gosto do frio, mas por outro…
Ainda se o frio compensasse o mal que faz pelo bem que sabe…
Mas nem isso!
(Pelo menos, não a mim…)


Eu tenho andado de tal maneira, que nem tenho ligado à actualidade e ao que se passa à minha volta.


Mas agora estou a prestar mais atenção a um projecto literário internacional da BabelFAmily (http://www.babelfamily.org). do qual fiz parte, como uma das co-autoras: “O legado de Marie Schlau”, um romance cujas receitas obtidas com a venda revertem, na totalidade, para a investigação de um tratamento e/ou cura para a ataxia de Friedreich.

O livro já está disponível em espanhol e de momento está-se a trabalhar na versão em inglês.





E já só falta menos de uma semana para o Natal…


Só para terminar, deixo-vos uma frase sobre a amizade, de Aristóteles:
“A amizade é uma alma com dois corpos”


Até uma próxima oportunidade.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

17-12-2014





Olá, como estão?


Eu, estou cansadíssima.
E cheia de dores.
O frio dá cabo de mim…
Mas só tenho uma coisa a fazer: aguentar-me à bronca.
E manter-me quente.
Não é á toa que se diz que o que não tem remédio, remediado está.


Mas (e agora estou a dirigir-me especialmente àqueles que, como eu, são atáxicos) apesar de tudo, ou mesmo por causa disso, nunca sentiram vontade de desistir?
Levantar as mãos para o alto e pensar “que se lixe”?
Esta é uma doença progressiva. E cruel. Que lenta e inexoravelmente, nos vai roubando a nossa capacidade de andar, de coordenar os movimentos, falar, até comer. Que despe a nossa alma e estilhaça a nossa dignidade. Mas cuja suprema perversidade, é não atingir o sistema cognitivo. Ou seja, sabemos e temos consciência do que nos está a acontecer. Sempre.
Então, para quê encetar duras batalhas diárias por dá cá aquela palha, quando eu já sei que esta é uma guerra perdida, logo à partida?
Posso adiar a minha derrota final, mas isso é tudo o que eu consigo fazer.
E será que vale a pena?
Será que o meu cansaço, físico e moral, é compensado pelas pequenas vitórias que eu possa alcançar nas minhas constantes batalhas diárias?
Também.
Mas o que mais me faz continuar, confesso, também é outra coisa.
É que, estão a ver, para mim desistir é sinónimo de perder.
E eu detesto perder.
Para mim, perder, nem a feijões!


E isto leva-me a outro assunto.
Por vezes, deixo de tentar de fazer uma coisa.
Mas não estou a desistir.
Estou antes a escolher as minhas batalhas.
Já fui acusada de estar a desistir.
E ao princípio ainda tinha a preocupação de tentar explicar que não se tratava de nada disso.
Mas agora, confesso, já não.
Disso sim, assumo, que desisti.
Muitas e muitas vezes senti que estava a falar para uma parede.
Senti que estava a desperdiçar o meu tempo e o meu latim, por assim dizer.
E deixei-me disso.
Porque das duas, uma: ou realmente não percebem, ou não querem perceber.
Então, agora deixo-as pensarem o que quiserem.
Se isso as faz felizes…


Deixo agora aqui um poema, “Presságio” de Pedro Homem de Mello, de que gosto muito:

Presságio
Ela há-de vir como um punhal silente 
Cravar-se para sempre no meu peito. 
Podem os deuses rir na hora presente 
Que ela há-de vir como um punhal direito. 
Cubram-me lutos, sordidez e chagas! 
Também rubis das minhas mãos morenas! 
Rasguem-se os véus do leito em que me afagas! 
— A coroa de ferro é cinza apenas... 
E ela há-de vir a lepra que receio 
E cuja sombra, aos poucos me consome. 
Ela há-de vir, maior que a sede e a fome, 
Ela há-de vir, a dor que ainda não veio. 

Pedro Homem de Mello, in "Príncipe Perfeito" 


Bom, acho que, por agora, é tudo…
Até uma próxima oportunidade.


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

08-12-2014





Olá, como estão?


Não, hoje ainda não há vídeo.
Como hoje se assinala o dia da Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal, há uma imagem alusiva a isso mesmo.


Eu tive a sorte de já ter estado, há já muito tempo, no Santuário da Nossa Senhora da Conceição, em Vila Viçosa, também conhecido por Solar da Padroeira, onde, em 25 de Março de 1646, o rei D. João IV proclamou-a Padroeira de Portugal (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Santu%C3%A1rio_de_Nossa_Senhora_da_Concei%C3%A7%C3%A3o_de_Vila_Vi%C3%A7osa).


Não é por nada, mas não achei de muito bom gosto aquele anúncio prévio do António Costa, em como vai visitar o José Sócrates.
Se eles são amigos, é apenas normal que o visite.
O que eu já tenho alguma dificuldade em perceber, é a necessidade que o António Costa sentiu em anunciar essa visita.
Mas é como eu sempre digo: isto não é para perceber. É para se ir percebendo…


Por falar em amizade, há quem defenda aquela velha máxima de que é nas horas difíceis que se vêm os verdadeiros amigos.
Se querer ofender esses subscritores, eu não defendo totalmente essa ideia.
É verdade que é nas horas difíceis que também se vêm os verdadeiros amigos, mas não é só.
Eu diria que é antes todos os dias.
Aquela palavra, aquele gesto… que nos aquece por dentro e afaga a alma.
Aí, aí, é que também se vêm os verdadeiros amigos.
Não é só nas horas difíceis.


Termino com um poema de Alexandre O’Neill:

Amigo

Mal nos conhecemos 
Inaugurámos a palavra «amigo». 

«Amigo» é um sorriso 
De boca em boca, 
Um olhar bem limpo, 
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece, 
Um coração pronto a pulsar 
Na nossa mão! 

«Amigo» (recordam-se, vocês aí, 
Escrupulosos detritos?) 
«Amigo» é o contrário de inimigo! 

«Amigo» é o erro corrigido, 
Não o erro perseguido, explorado, 
É a verdade partilhada, praticada. 

«Amigo» é a solidão derrotada! 

«Amigo» é uma grande tarefa, 
Um trabalho sem fim, 
Um espaço útil, um tempo fértil, 
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa! 

Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'

(poema retirado da página da Internet http://www.citador.pt/poemas/amigo-alexandre-oneill)


E é com esta nota, que me despeço.



quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

04-12-2014





Olá, como estão?


Hoje também ainda não há vídeo.
Há antes outra imagem alusiva ao Natal.


E por falar em Natal…
Claro está que falar em prendas era inevitável.
E lembro-me sempre daquelas pessoas que só dão dinheiro.
Eu, confesso que não sou adepta.
Quer dizer, eu reconheço a funcionalidade da coisa: assim, o destinatário pode gastar o dinheiro como bem quiser ou, antes pelo contrário, comprar o que mais lhe faz falta.
Mesmo assim.
No meu entender, quando estou a presentear alguém, estou também a dar algo de mim.
E estou a mostrar o meu interesse nessa pessoa, a minha vontade e o meu esforço em conhece-lo/a.
Dar dinheiro, para mim, é frio, impessoal.
E preguiçoso.


Está bem, podem-me chamar de forreta.
Se isso vos faz felizes…


Só há uma situação onde eu admito dar dinheiro: em casamentos.


Não estou a ser coerente?
Não há problema.
Não é para os outros que tenho que ser coerente: é antes para mim.


Antes de me ir embora, faço questão de aqui vos deixar outro poema de Fernando Pessoa:

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

27/11/1930

(poema retirado da página da Internet http://www.releituras.com/fpessoa_psicografia.asp)


Até uma próxima oportunidade.








segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

01-12-2014




Olá, como estão?


Hoje ainda não há vídeo.
Há antes uma imagem que tem muito a ver comigo, pois sou do signo Carneiro.


Ontem estiver a ver, no Facebook, um vídeo sobre a promiscuidade entre os deputados da Assembleia da República (alguns, não todos… mas os suficientes para desacreditar todo o sistema…) e os interesses privados, levando a uma maior permeabilidade à corrupção.
Cá para mim, isto é fácil de resolver.
Como?!
Simples!
E-X-C-L-U-S-I-V-I-D-A-D-E.
Pois é, durante o tempo da legislatura para o qual foram eleitos, os deputados só podiam fazer isso mesmo: ser deputados.
E quem diz deputados, diz ministros, secretários de estado, alguns autarcas (os que estão a tempo inteiro)… vocês estão a perceber a ideia…
Cortava-se logo o mal pela raiz.
Há quem não goste?
Têm bom remédio: ponham à borda do prato.
A mim, sempre me ensinaram: quem está mal, que se mude.
Então…
Estão mal?... Mudem-se!...


Eu sei que ainda falta um mês para o fim do ano, mas já sei qual vai ser a minha resolução para o ano novo.
Vou olhar mais para e por mim.
Eu explico: eu tenho o costume, mania, chamem-lhe o que quiserem, de quando eu abraço, por assim dizer, uma causa, eu pensar e agir quase só em prol dela.
Eu visto mesmo essa camisola.
A ponto de a minha pessoa e as minhas necessidades ficarem relegadas para 2.º plano.
Não sei se isto é defeito ou virtude (vocês mo dirão), mas a verdade e que eu quase me esqueço de mim.
Não é que eu me esteja a queixar: até porque se há alguém que tem a culpa, esse alguém sou eu.
Mas a partir do dia 01 de Janeiro de 2015, outro galo cantará.
Tem mesmo que ser.
Por favor, entendam-me: eu não estou a dizer que vou virar as costas a tudo com o que já me comprometi antes.
Porque eu vou continuar a ajudar.
Apenas vai ser só e quando eu puder.
Porque eu só vou poder ajudar de forma mais eficiente, se eu própria estiver bem.
Tão simples quanto isso.



Se eu pudesse fazer uma pergunta a uma chamada celebridade, eu escolheria Jonathan Demme (realizador).
Porque, se a minha memória não me atraiçoa, no seu filme de 1988 “Married to the Mob”, em português “Viúva… Mas não muito”, com Michelle Pfeiffer e Matthew Modine, entre outros, já no final do filme, depois dos genéricos finais aparece a frase “A luta continua”. Assim mesmo, em português.
E a minha pergunta seria: porquê essa frase? E porquê em português?


E com isto, me despeço.
Até uma próxima oportunidade.