domingo, 26 de abril de 2015

Leituras (26/04/2015)

Olá, como estão?


Ontem, o Presidente da República, Cavaco Silva, atribuiu a Ordem da Liberdade à cidade de Santarém, pelo papel que esta desempenhou na revolução dos cravos – afinal, não nos podemos esquecer que foi de Santarém, mais precisamente da Escola Prática de Cavalaria, que saiu a coluna militar comandada por Salgueiro Maia, com direcção ao Largo do Carmo, em Lisboa.

Mas nas cerimónias comemorativas do 25 de Abril em Santarém, o agora Presidente da República foi muito criticado por, enquanto Primeiro-Ministro, ter recusado a atribuição de uma pensão a Salgueiro Maia, quando ele estava já muito doente – pelo menos, é esta a percepção que tenho: a de uma tremenda injustiça e suprema ingratidão.
Mas convenhamos, ele realmente fez o que fez, mas… onde estava o Exército, para defender um dos seus? E o Presidente da República, para discordar dessa decisão? Posso estar muito enganada, mas perante isto, só faço uma leitura, resumida numa só palavra: cumplicidade.


Ainda ontem terminei de ler o livro “É possível”, de Rui Bernardino & Cláudia Cambraia
(Chiado Editora, 2014). E como se trata de uma história de vida de quem padece de ataxia de Friedreich (no caso, o Rui), as comparações com o meu livro “Quando um burro fala, o outro baixa as orelhas” (Chiado Editora, 2010), tornaram-se inevitáveis.
Diferenças literárias à parte e apesar de termos a doença em comum, os nossos percursos são muito diferentes.
Logo a começar pelo género: ele é homem, enquanto que eu sou mulher.
E não é só.
Se ficaram curiosos e com a pulga atrás da orelha, convido-os a lerem os livros e a tirar as vossas conclusões.


Por hoje, fico por aqui.
Até uma próxima oportunidade.




sábado, 25 de abril de 2015

Alembraduras (25/04/2015)




Olá, como estão?

Hoje é dia 25 de Abril, Dia da Liberdade.
Pelo menos, cá neste nosso cantinho, à beira-mar plantado.

Foi há 41 anos, em 1974.

E antes que me façam aquela icónica pergunta, “Onde estavas no 25 de Abril?”, eu desde já digo que não me lembro (que diacho!, eu só tinha 4 anos…), mas, ao que consta, nesse dia eu fiz uma birra daquelas…
Eu explico: segundo a minha mãe, à tarde costumava dar uns desenhos animados que eu adorava.
Ora, nesse dia, no dia 25 de Abril de 1974, não houve emissão e, como tal, não houve desenhos animados.
E diz a minha mãe que foi cá um trinta-e-um… Fiz um autêntico berreiro!
Por causa dos desenhos animados. Ou, mais correctamente, pela ausência deles.
Tentem lá explicar a uma criança de 4 anos que está a decorrer uma revolução e que por isso não pode ver os seus muito queridos desenhos animados.
A minha mãe bem tentou, mas falhou. Redondamente.


Um dia destes postei no meu Facebook uma fotografia duma boneca que tive, a “Tucha Alpinista”.
Mas apesar dessa boneca, desengane-se quem pensa que eu brincava muito com bonecas.
Porque eu não brincava.
E não era à falta de as ter, porque eu até tinha bastantes.
Só que eu nunca fui uma criança muito, vamos lá… feminina.
Na verdade ainda me lembro dos primeiros brinquedos que eu tive a liberdade de escolher.
Duas bolas de plástico, uma às riscas azuis e brancas, outra às riscas encarnadas e brancas e um carrinho de corridas, a imitar os Bugattis antigos, encarnado por baixo e verde por cima.
Também me lembro de certa vez, devia ter à volta de 4, 5 anos e estava a passar férias na Nazaré. Numa quermesse saiu-me um prémio: podia escolher entre uma viola de brinquedo e uma boneca dama antiga.
Olhei para a minha mãe sem saber muito bem o que fazer. Mas ela só disse: “Escolhe o que quiseres”.
Escolhi a viola.


Ontem, ao ver um programa, no canal TLC (canal por cabo), um programa sobre as promoções e como devemos estar atentos, lembrou-me um episódio, que já deve perto de 25 anos, mais coisa, menos coisa.
Aconteceu em Santarém, numa sapataria que não vou nomear – mas que posso dizer que já não existe.
Na altura frequentava um curso de informática e todas as manhãs passava por aquela sapataria, para “namorar” uns sapatos.
O “namoro” era já tão longo e intenso, que já sabia de cor e salteado o preço dos sapatos: 3.000$00.
Como estávamos a chegar à época de saldos, decidi esperar para ver o preço dos sapatos em saldo.
Quando chegou a altura, a curiosidade, confesso, era imensa.
Mas a surpresa foi ainda maior.
Eu explico: na montra, realmente estavam lá os tais sapatos. Mas juntos a eles estava um pedaço de cartolina com dois preços: o que seria o preço antigo com uma cruz por cima e, em algarismos maiores, o preço em saldo.
Até aqui, tudo bem.
Mas como preço antigo indicavam 4.000$00 (ou 4.500$00, já não me lembro bem…) e como preço em saldo indicavam 2.999$00 (deste, eu já me lembro bem).
Ou seja, um saldo de 1$00.
Claro está que tirei logo o sentido dos sapatos…


E agora, só um desabafo:
Porque é que uma empresa (que eu também não vou nomear) ligada às telecomunicações insiste em praticamente assediar os clientes, com chamadas telefónicas a partir de números privados?
È ridículo. E absurdo.
Eu ontem já estava tão farta, que só atendi para dizer que achava a situação patética (como é que uma empresa de telecomunicações tem a audácia de usar números privados?), que recusava-me a atender chamadas de números privados e que ia desligar.
E desliguei.
Fui brusca? Fui, eu sei que fui.
Até porque a pessoa que estava do lado de lá da linha não tinha culpa.
Mas bolas, sou humana.
E a minha paciência tem limites.


E é nesta nota que me despeço.
Até uma próxima oportunidade.




sexta-feira, 24 de abril de 2015

Dia Internacional do Jovem Trabalhador (24/04/2015)




Olá, como estão?


Hoje assinala-se mais um dia internacional.
O Dia Internacional do Jovem Trabalhador

É o 114.º dia do ano (115.º em anos bissextos) no calendário gregoriano.
É também dia de S. Fidélis (ou Fiel) de Sigmaringa (Sigmaringa, Alemanha, 1 de Outubro, de 1578 — Seewis, Suíça, 24 de Abril de 1622) foi um jurista e sacerdote católico, frade da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que levou uma vida de oração e austeridade e se notabilizou como pregador nas campanhas da Contra-Reforma contra o calvinismo no leste da actual Suíça. No contexto da Guerra dos Trintas Anos, foi morto pelos calvinistas devido à sua pregação, razão pela qual é considerado mártir da Igreja Católica, que o canonizou.


Ainda em relação ao dia de ontem, o Dia Mundial do Livro, achei de louvar a iniciativa da Chiado Editora, “Um livro num dia”. 

No entanto, apesar de reconhecer o valor e utilidade da iniciativa, não é sem algum pesar à mistura que constato um certo amargo de boca. Porque, de alguma forma, me senti descriminada. Sei que não era essa a intenção, mas foi como eu me senti. Porque eu não moro em Lisboa. E mesmo que morasse, não sei se me iria conseguir deslocar à Av. da Liberdade. Porque estou numa cadeira de rodas. E quem, como eu, está nesta situação, sabe bem que, muitas vezes, estamos dependentes de terceiros.

Talvez eu esteja a ser egoísta e, quiçá, armar-me em vítima. Talvez seja isso. Porque, convenhamos, eu até reconheço a impossibilidade de fazer as coisas de outra forma. E até pode ser que esta iniciativa tenha servido de ensaio para outra iniciativa, essa sim de âmbito nacional.
Até lá, só posso esperar.


E por agora, me despeço.
Até uma próxima oportunidade.


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Dia Mundial do Livro (23/04/2015)




Olá, como estão?
Hoje é vez de se assinalar o Dia Mundial do Livro.


O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor (também chamado de Dia Mundial do Livro) é um evento comemorado todos os anos no dia 23 de Abril, e organizado pela UNESCO para promover a o prazer da leitura, a publicação de livros e a protecção dos direitos de autor. O dia foi criado na XXVIII Conferência Geral da UNESCO que ocorreu entre 25 de Outubro e 16 de Novembro de 1995.
A data de 23 de Abril foi escolhida porque nesta data do ano de 1616 morreram Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Garcilaso de la Vega. Para além disto, nesta data, noutros anos, também nasceram ou morreram outros escritores importantes como Maurice Druon, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo.
Todos os anos são organizados uma série de eventos ao redor do mundo para celebrar o dia.


Eu tenho a sorte de já ter visto trabalhos meus publicados (para mais informações, podem consultar o meu outro blogue, “À procura de uma história”, http://aprocuradeumahistoria.blogspot.pt).


Eu já o disse e volto a dizer: para mim, o importante não são os autores. Não interessa quem, mas sim o quê. O que mais interessa é o trabalho. O resto não interessa.
Se me perguntarem, assim de chofre, qual o meu livro preferido, eu tenho que responder “O Clube Dumas” de Arturo Perez-Reverte. Porque foi o livro que mais me surpreendeu.
Mas há mais que considero especiais: “O Lápis do Carpinteiro” de Manuel Rivas e “A Loucura do Rei Marco” de Clara Dupont-Monod.
Há ainda um que sempre que o releio, é como se voltasse a casa: “Solstício de Inverno” de Rosamunde Pilcher.

Sempre que vou a uma livraria, gosto de ver os livros, remexe-los, cheirá-los e senti-los.
Os livros têm que falar comigo.


E por hoje fico por aqui.
Até à próxima oportunidade.













quarta-feira, 22 de abril de 2015

Dia Internacional da Terra (22/04/2015)




Olá, como estão?
Hoje assinala-se o Dia Internacional da Terra.


O Dia da Terra foi criado pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970.
Tendo por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.

A primeira manifestação teve lugar em 22 de Abri de 1970. Foi iniciada pelo senador Gaylord Nelson, activista ambiental, para a criação de uma agenda ambiental. Para esta manifestação participaram duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de comunidades. A pressão social teve seus sucessos e o governos dos Estados Unidos criaram a Agencia de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à proteção do meio ambiente.
Em1972 celebrou-se a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a Conferência de Estocolmo, cujo objetivo foi sensibilizar aos líderes mundiais sobre a magnitude dos problemas ambientais e que se instituíssem as políticas necessárias para erradicá-los.
O Dia da Terra é uma festa que pertence ao povo e não está regulada por somente uma entidade ou organismo, tampouco está relacionado com reivindicações políticas, nacionais, religiosas ou ideológicas.
O Dia da Terra refere-se à tomada de consciência dos recursos naturais da Terra e seu manejo, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis.
No Dia da Terra todos estamos convidados a participar em atividades que promovam a saúde do nosso planeta. tanto a nível global como regional e local.
"A Terra é nossa casa e a casa de todos os seres vivos. A Terra mesma está viva. Somos partes de um universo em evolução. Somos membros de uma comunidade de vida independente com uma magnífica diversidade de formas de vida e culturas. Nos sentimos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos uma reverência pela vida e as fontes do nosso ser..."
Surgiu como um movimento universitário, o Dia da Terra se converteu em um importante acontecimento educativo e informativo. Os grupos ecologistas o utilizam como ocasião para avaliar os problemas do meio ambiente do planeta: a contaminação do ar, água e solos, a destruição de ecossistemas, centenas de milhares de plantas e espécies animais dizimadas, e o esgotamento de recursos não renováveis. Utiliza-se este dia também para insistir em soluções que permitam eliminar os efeitos negativos das atividades humanas. Estas soluções incluem a reciclagem de materiais manufaturados, preservação de recursos naturais como o petróleo e a energia, a proibição de utilizar produtos químicos danosos, o fim da destruição de habitats fundamentais como as florestas tropicais e a proteção de espécies ameaçadas. Por esta razão é o Dia da Terra.
Este dia não era reconhecido pela ONU até 2009, quando a mesma reconheceu a importância da data e instituiu o Dia Internacional da Mãe Terra, celebrado em 22 de Abril.



Até uma próxima oportunidade.


sábado, 11 de abril de 2015

Cestas com farnel (11/04/2015)



Como estão?


Hoje, vá-se lá saber como e porquê, comecei a lembrar-me de almoços nos pinhais, à beira da estrada.
E de parques de merendas.
Talvez seja por causa dos raios de sol que espreito pela janela e aquelas lembranças de piqueniques passados que me assaltam...

A primeira coisa que vem à cabeça é o arroz de coelho da minha mãe, num tacho encarnado de cerâmica, envolto em papel de jornal.
Quando eu era pequenita, nos Domingos que íamos para a praia (Foz do Arelho, Baleal ou até mesmo Nazaré), era sempre este o nosso almoço.
Procurávamos um pinhal e era lá que almoçávamos. 
Nós e muitos – na altura, ainda não se ia a restaurantes. Não só não havia dinheiro, como ainda não havia as questões que hoje há com a segurança.
Também me lembro de, quando íamos para a Foz do Arelho, parar nas Caldas da Rainha para beber um galão, pois saiamos de casa muito cedo.

Quanto a parques de merendas, há 3 que guardo na memória.
O primeiro fica perto da praia de São Pedro de Moel.
Fui lá almoçar numa excursão, andava eu na então Escola Primária e deveria ter à volta de uns 8 anos.
Lembro-me que adorei o parque.
Infelizmente, nunca mais encontrei o tal parque.
Já lá voltei variadíssimas vezes, mas nada.
Até parece que esse parque se evaporou.
E nem posso dizer que esse parque foi fruto da minha imaginação, pois a minha mãe estava comigo e também ela procurou esse parque.
Infrutiferamente.

O segundo fica perto de Castelo Branco. Pelo menos, é esta a minha memória.
Devia ter uns 11/12 anos e lembro-me que nesse dia chuviscava. 
Tanto, que tivemos que almoçar à pressa.

Finalmente o terceiro e, para mim, o melhor parque de merendas que encontrei.
O Covão da Ametade.
Para quem não conhece, fica perto de Manteigas, na Serra da Estrela. Em pleno vale glaciar do Zêzere. 
Li há pouco tempo o que eu considero ser uma das melhores e mais felizes descrições da Ametade: que parece um bosque encantado da Disney.
E parece mesmo.
Mas atenção: se pensam lá ir, é melhor ir cedo.
Para melhor ilustrar o que eu estou a dizer, deixe-me contar-vos uma história:
No dia 25/03/1995, dia do meu 25.º aniversário (dia em que “casei” os anos), eu e a minha família fomos passear à Serra da Estrela. Fomos almoçar a Manteigas. Mas como era ainda muito cedo, fomos ao restaurante marcar o almoço e depois, como tínhamos tempo, fomos ao Covão da Ametade. Era cedo e tínhamos o parque quase só para nós. Eu sentei-me, a ocupar uma das mesas, enquanto observava e absorvia. Eis quando chega um autocarro, com pessoas para almoçar. Primeiro saíram os mais jovens, que correram desenfreadamente para as mesas, para marcar lugar. E só depois, com mais calma, é que ia o resto do pessoal, com o almoço. Quando eu me apercebi que estava a ocupar uma mesa, levantei-me. Mas a mesa foi logo ocupada.
Portanto, já sabem: se lá quiserem ir, o melhor é ir bem cedo, para evitar chatices.


E é nesta nota que me despeço.
Até uma próxima oportunidade.



quinta-feira, 9 de abril de 2015

Coisas (09/04/2015)



Olá, como estão?


Hoje vou falar, ou divagar – como preferirem –, sobre um assunto a que não volto há já algum tempo: o que é isso de ser atáxica e o que isso representa e significa num mundo que teima em nos ignorar e ultrapassar-nos ou, pior que isso, atropelar-nos.

Vem isto a propósito de um artigo sobre o que parece ser uma terapia promissora para a ataxia de Friedreich (http://artigosataxiashereditarias.blogspot.pt/2015/04/bioblast-pharma-telavive-israel-anuncia.html).

Infelizmente, também estou bem ciente do tempo que o estudo dum novo fármaco envolve.
Pelo que eu percebi, o estudo apenas está na fase pré-clínica, que ainda não terminou.
Depois, se tudo continuar a correr bem, entra-se em ensaios clínicos, que atravessa várias fases de desenvolvimento e demoram anos. Isto, partindo do princípio que cada fase é bem-sucedida.
E depois, os estudos posteriores que vão ser necessários até as entidades competentes concordarem com a sua utilidade e beneficência…
Ou seja, se tudo correr pelo melhor, só conto que o fármaco esteja apto a ser fabricado para aí daqui a 10 anos.
E atenção, só estou a falar na fabricação.
Porque, quanto à distribuição…
Aí, vai ser outro berbicacho.

Porque se trata de um medicamento para uma doença rara.
Porque esse medicamento não se vai vender todos os dias.
Porque esse medicamento não vai representar grandes lucros.

Há até uma designação própria para esse tipo de medicamentos: medicamentos órfãos – órfãos de quê, é que eu gostava de saber: pai e mãe, não é. Só se for de dinheiro…

Enquanto o pau vai e vem, nós, os atáxicos, temos que nos aguentar à bronca.
Até chegar o dia de haver uma terapia contra a ataxia de Friedreich, a minha situação vai-se deteriorando, degradando.
Ou seja, por muito que me custe, tenho que o dizer: a cura, quando chegar (e eu acredito que vai chegar!), já não vai ser para mim.

Não se trata de ser pessimista, ou ver o copo meio vazio.
Antes apenas meio.
Sem mais.
Nem menos.
E ponto final. Parágrafo.


E por hoje, fico por aqui.
Até uma próxima oportunidade.



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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Gostos e desgostos (08/04/2015)



Olá, como estão?...
Como passaram a Páscoa?
Espero sinceramente que tenha sido doce… mas não em demasia…


Hoje, vou aqui falar de publicidade.
Isto vem a propósito de 3 anúncios televisivos recentes me terem chamado a atenção: um positivamente (Coca-Cola) e dois negativamente (Vodafone e Nos).
Primeiro, o positivo.
- Coca-Cola:
Gostei muito de uma marca grande e poderosa como a Coca-Cola ter dado visibilidade a variados modelos familiares.
Agora, o negativo.
- Vodafone:
Podem achar que é só implicância e talvez seja mesmo isso, mas alguém me pode fazer o favor de explicar o porquê de Beijing, em vez de Pequim? E que ninguém tenha a muito triste ideia de se atrever a dizer que Beijing é a designação internacional. Porque nós estamos em Portugal. E em Portugal diz-se Pequim. O seu a seu dono.
- Nos:
Sou só eu, ou vocês também acham um tremendo disparate aquela ideia do robot fazer os trabalhos de casa e resolver o cubo mágico[1] à criança? Não sei se com vocês se passa o mesmo, aquela imagem do futuro, com demasiado facilitismo à mistura, não me atrai. Pelo contrário, repulsa-me. Mais do que isso, assusta-me.

Se há coisa que eu abomino, é quando alguém tenta pensar por mim.
Não suporto, fico piursa – pior que uma ursa.
Sempre gostei e fiz questão de pensar pela minha própria cabeça e fazer uso das minhas células cinzentas, como diria Hercule Poirot[2].


Bom, por hoje fico por aqui.
Até uma próxima oportunidade.



[1] O cubo de Rubik, também conhecido como cubo mágico, é um quebra-cabeças tridimensional, inventado pelo húngaro Ernő Rubik em 1974.
[2] Detetive fictício criado por Agatha Christie. Surge pela primeira vez no romance “O misterioso caso de Styles”, em 1921.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Imunidades para lamentar (02/04/2015)




Como estão?


Primeiro que tudo, quero aproveitar esta oportunidade para vos desejar uma feliz e doce Páscoa.
(Atenção: doce, mas não em demasia. Pois se é verdade que o que é doce nunca amargou, também não é menos verdade que o açúcar, quando é demais, faz mal.)


Li que Miguel Macedo, o ex-ministro da Administração Interna, terá cometido um crime de prevaricação, no caso dos “vistos gold”. Só não é arguido nem foi chamado a tribunal por ter imunidade parlamentar (http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=183144).
Lembro-me que quando a figura apresentou a demissão, garantiu que nunca tinha agido contra a lei. Se realmente assim é e se o homem tem tanta certeza de que nunca fez nada de mal, porque não pede, ele próprio, o levantamento da imunidade parlamentar?
Não dizem que quem não deve, não teme?


Até à próxima oportunidade.


quarta-feira, 1 de abril de 2015

Vamos contar mentiras (01/04/2015)




Olá, como estão?


Hoje é dia 01 de Abril.
Dia das mentiras.

Para não correr o risco de ser enganada, costumo dizer, meio a sério meio a brincar, que hoje não acredito em nada do que me disserem.
Se for mesmo verdade, voltem a dizê-lo amanhã.

Hoje, seguindo a sugestão de uma amiga (obrigado Inês e beijinhos grandes), começo a colocar títulos nestes meus textos.
E o título de hoje lembra o saudoso concurso sobre História de Portugal, emitido pela RTP na década de 80 do século 20, “Vamos caçar mentiras”.
Alguém mais se lembra?...
Eu, como sempre gostei de História e aprender, adorava esse concurso…

Bom, e como já lá diz a imagem: a mentira mais não é que uma verdade que se esqueceu de acontecer.
E não é que é mesmo?!...
Eu, por mim falo: a maior verdade que teima em se esquecer de acontecer é ganhar o Euromilhões.
Reparem que eu digo “ganhar” e não “sair”.
Porque sair, sai sempre – nem que seja do bolso, pois então…


Ontem li que o ME (Ministério da Educação) volta a fazer avarias: volta a não para bolsas de mérito a alunos carenciados. Mas atenção: só aos alunos do ensino profissional apoiados pela acção social escolar. Porque com os alunos do dos cursos gerais já não é assim. (http://expresso.sapo.pt/ministerio-da-educacao-volta-a-nao-pagar-bolsas-de-merito-a-alunos-carenciados=f917827)
Dá para perceber?
Não.
Eu até me poderia rir, encolher os ombros e dizer que isto não é para perceber, mas para se ir percebendo.
Poderia, mas não o faço.
Porque isto é trágico.
Então, mas não é este ME que diz que tem que se apostar mais no ensino profissional, o mesmíssimo ME que agora se lembrou, muito puro e simplesmente, de fazer birra e dizer que não há nada para ninguém?
Oh pá, assim não há quem entenda este ME.
Não dão (MESMO!) uma para a caixa…
Assim, não há quem lhes valha.


Por último, o jogo de futebol de ontem, entre a selecção portuguesa e a selecção de Cabo Verde, para angariar fundos para a reconstrução da ilha do Fogo, Cabo Verde, devastada pelo vulcão.
Eu percebo que a logística envolvida é bem tramada e que nesta altura do campeonato (por assim dizer) tinha que se aproveitar uma altura em que a selecção portuguesa já estivesse concentrada.
Também percebo que o jogo de ontem (que Cabo Verde venceu por 2-0) deve ter feito maravilhas à moral dos jogadores cabo-verdianos.
Mas, que diabo!, se a FPF realmente quer ajudar Cabo Verde (e eu acredito que sim), porque é que não juntam ao dinheiro angariado ontem, as receitas do jogo de Domingo, frente à Sérvia?
Se tiveram cerca de 60.000 espectadores no Estádio da Luz…
Isso sim, seria uma bela ajuda.


E por hoje, fico por aqui.
Até uma próxima oportunidade.