Olá, como estão?
Hoje estou aqui para
desabafar.
Por isso, desde já peço
desculpa pela linguagem que eu possa vir a utilizar.
Porque é que há pessoas não
que aceitam um “não” como resposta?...
Eu sei, a persistência é uma
virtude e que há situações e situações.
Não é à toa que até há
aquele ditado: “Água mole em pedra dura tanto dá até que fura”.
Mas, por vezes, tanta
insistência é ridículo e uma verdadeira falta de respeito.
Lembro-me de uma situação
que aconteceu comigo, há já alguns anos: eu estava ligada a uma organização e
quando quis sair, fui convidada a continuar. Se por um lado fiquei lisonjeada com
o convite, por outro fui obrigada a recusar, pois já não me sentia em condições
– para o bem e para o mal, eu sou assim: quando visto uma camisola, visto mesmo
essa camisola e faz-me imensa confusão quem o finge. Ou sim, ou sopas.
Infelizmente, a minha recusa
não foi levada a sério. Ou pelo menos, assim o senti.
Fiquei até ofendida: porque
é que ninguém me ouvia e como é que podiam ser tão egoístas?
Lá por parecer bem, não quer
dizer que esteja bem.
Finalmente, depois de muito
gritar e esbracejar – ou pelo menos, assim me pareceu –, ouviram-me.
Porque eu realmente já não
me sentia em condições.
E se há anos eu já me sentia
assim, agora, claro está, a situação piorou. E muito!
Já ouviram falar daquele
cartaz do Bloco de Esquerda a favor da adpção por casais do mesmo sexo, com a
imagem de Jesus Cristo e com a frase “Jesus também tinha 2 pais”?
Tanto falatório, tanta
polémica!
Quando me apercebi de todo o
burburinho, só me lembrei de William Shakespeare: Muito barulho por nada, Much ado about nothing.
Compreendo e aceito que
possa haver quem se sinta incomodado pelo cartaz, mas raios, algumas reacções
têm sido excessivas, mesmo a roçar a histeria.
Eu, e falo só e apenas por
mim, fui educada no seio da fé católica (Baptismo, Primeira Comunhão e Crisma –
recebi todos estes sacramentos) e não me sinto minimamente incomodada pelo
cartaz.
Mas também, vamos lá a ver
as coisas com olhos de ver: o cartaz não diz mentira nenhuma, Jesus tinha mesmo
2 pais: Deus e S. José.
A mente das pessoas é que
insiste em ver o que não está lá.
E ainda vou continuar no
assunto Jesus.
É que há uma coisa que
sempre me fez muita confusão: se o nascimento de Jesus é sempre assinalado a 25
de Dezembro, porque é que a Sua morte e ressurreição não são assinaladas também
em dias certos, fixos?
Ou sou só eu que faz esta
pergunta?...
Se calhar, até sou…
E por hoje é tudo.
Até uma próxima
oportunidade.