segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Dia Raro (29/02/2016)



Olá amigos, como estão?

Hoje, dia 29 de Fevereiro de 2016, assinala-se o Dia das Doenças Raras.
A data é comemorada anualmente no último dia de Fevereiro em mais de 80 países do mundo e visa alertar a população para este tipo de doenças e para as dificuldades que os doentes que padecem de doenças raras enfrentam diariamente.

Este é também o meu dia, pois também eu padeço de uma doença rara: ataxia de Friedreich.
E eu, como pessoa “rara” que sou, sinto-me muitas vezes como que amaldiçoada por essa raridade: se é isto que significa ser raro, então quem me dera ser comum…
Quando uma pessoa é “agraciada” com uma doença rara, essa pessoa não se sente galardoada, antes marcada. Não se sente distinguida, antes diferente. Acima de tudo, sente-se traída: pelo próprio corpo, pela genética, pelo ADN…
E desemparada, muito desemparada…
Sentimo-nos sufocar pela n/ própria impotência e incapacidade.
Agonizamos com a lentidão dos homens e da ciência.
Ficamos frustrados e enojados com a dura e cruel verdade do mundo das empresas farmacêuticos, quando confrontados com a triste realidade de que o lucro fala sempre mais alto.
E nós por aqui continuamos a pairar, a pedir licença, por favor, e desculpa para e por existir.





domingo, 28 de fevereiro de 2016

Palavras soltas (28/02/2016)

Olá, como estão?


Com toda a certeza que já ouviram falar das polémicas declarações de Cristiano Ronaldo (“Se todos estivessem ao meu nível, estaríamos em 1.º lugar.”), no rescaldo da derrota do Real Madrid frente ao Atlético de Madrid.
Ele diz agora que foi mal-entendido e que nunca quis dizer que se achava melhor que os colegas.
(Abro aqui um parêntesis para esclarecer que não sou fã de Cristiano Ronaldo. Acho-o até irritante e vaidoso, apesar de reconhecer que ele é um bom profissional, dedicado e trabalhador, apaixonado pelo que faz. E com isto, fecho aqui este parêntesis.)
E eu até acredito…
Eu já tive oportunidade de ouvir as famigeradas declarações e acredito que ele não se quis pôr acima de ninguém: apenas se sentia triste, frustrado e injustiçado.


Agora, ando numa de concorrer a concursos literários.
Até à data, já concorri a 4:
- “Outubro Rosa”, organizado por um blogue brasileiro, http://dicasderoberth.blogspot.pt/2015/10/portugal-no-outubro-rosa-literario.html
- “Um conto de Natal”, organizado pela Câmara Municipal do Sardoal, http://aprocuradeumahistoria.blogspot.pt/2015/12/a-carta.html
- “Odemira Literária”, organizado pela Câmara Municipal de Odemira – estou à espera dos resultados
- “Prémio Literacidade”, organizado por uma editora brasileira – os resultados devem ser anunciados lá para o Verão
E já tenho mais 2 na calha, também brasileiros.
À medida que for tendo os resultados, darei aqui conta dos mesmos.


E por agora é tudo.
Até uma próxima oportunidade.



sábado, 27 de fevereiro de 2016

O ser e o parecer (27/02/2016)


Olá, como estão?


Hoje estou aqui para desabafar.
Por isso, desde já peço desculpa pela linguagem que eu possa vir a utilizar.

Porque é que há pessoas não que aceitam um “não” como resposta?...
Eu sei, a persistência é uma virtude e que há situações e situações.
Não é à toa que até há aquele ditado: “Água mole em pedra dura tanto dá até que fura”.
Mas, por vezes, tanta insistência é ridículo e uma verdadeira falta de respeito.
Lembro-me de uma situação que aconteceu comigo, há já alguns anos: eu estava ligada a uma organização e quando quis sair, fui convidada a continuar. Se por um lado fiquei lisonjeada com o convite, por outro fui obrigada a recusar, pois já não me sentia em condições – para o bem e para o mal, eu sou assim: quando visto uma camisola, visto mesmo essa camisola e faz-me imensa confusão quem o finge. Ou sim, ou sopas.
Infelizmente, a minha recusa não foi levada a sério. Ou pelo menos, assim o senti.
Fiquei até ofendida: porque é que ninguém me ouvia e como é que podiam ser tão egoístas?
Lá por parecer bem, não quer dizer que esteja bem.
Finalmente, depois de muito gritar e esbracejar – ou pelo menos, assim me pareceu –, ouviram-me.
Porque eu realmente já não me sentia em condições.
E se há anos eu já me sentia assim, agora, claro está, a situação piorou. E muito!


Já ouviram falar daquele cartaz do Bloco de Esquerda a favor da adpção por casais do mesmo sexo, com a imagem de Jesus Cristo e com a frase “Jesus também tinha 2 pais”?
Tanto falatório, tanta polémica!
Quando me apercebi de todo o burburinho, só me lembrei de William Shakespeare: Muito barulho por nada, Much ado about nothing.
Compreendo e aceito que possa haver quem se sinta incomodado pelo cartaz, mas raios, algumas reacções têm sido excessivas, mesmo a roçar a histeria.
Eu, e falo só e apenas por mim, fui educada no seio da fé católica (Baptismo, Primeira Comunhão e Crisma – recebi todos estes sacramentos) e não me sinto minimamente incomodada pelo cartaz.
Mas também, vamos lá a ver as coisas com olhos de ver: o cartaz não diz mentira nenhuma, Jesus tinha mesmo 2 pais: Deus e S. José.
A mente das pessoas é que insiste em ver o que não está lá.


E ainda vou continuar no assunto Jesus.
É que há uma coisa que sempre me fez muita confusão: se o nascimento de Jesus é sempre assinalado a 25 de Dezembro, porque é que a Sua morte e ressurreição não são assinaladas também em dias certos, fixos?
Ou sou só eu que faz esta pergunta?...
Se calhar, até sou…


E por hoje é tudo.
Até uma próxima oportunidade.