domingo, 26 de julho de 2015

Justississes (26/07/2015)



Olá, como estão?


Já se sabe a medida de coação do Ricardo Salgado.
Até que enfim, já não era sem tempo!
Mas também, grande coisa: prisão domiciliária.
A montanha pariu mesmo um rato. E daqueles bem pequeninos.
Então o homem é arguido em 7 processos e vai para casa?
E outro (leia-se José Sócrates), que nem sequer arguido é (ainda) está em prisão preventiva há já 8 meses.
Mas que raio de justiça é esta, alguém me sabe explicar?
Quem me conhece sabe que eu não sou partidária, nem aprecio, o José Sócrates.
E eu até acredito que ele possa ter alguma culpa no cartório, mas se calhar não à escala que dizem.
Já lá diz o povo: quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto.
Mas o povo também diz: não há fumo, sem fogo.

Mas sabem o que me irritou ainda mais na história do Ricardo Salgado?
A posição do Ministério Público, que não gostaram da medida aplicada: queriam ainda menos, acho que só a proibição de viajar para o estrangeiro.
E é assim que querem que os portugueses acreditem na justiça?
Pois, está bem…

Posso muito bem estar profundamente enganada, mas tudo isto me parece uma autêntica cortina de fumo.
Mas a figura do José Sócrates assusta assim tanto certas figuras deste país?
É que tudo isto me parece tresandar a medo… E é cá um fedor…

Mas vamos imaginar que é mesmo tudo verdade – que ele fez mesmo o que dizem.
Então, o homem é mesmo… maquiavélico.
(Curiosidade ou não, o significado da palavra nada tem a ver com dono do nome que está na origem da mesma: Maquiavel).

E por falar em medo, acho que é mesmo isso que a figura do Ricardo Salgado causa.
Mas é um medo mais próximo, palpável.
Senão, como se explica todos estes “paninhos quentes”?...
Enquanto que com o outro, o José Sócrates, a coisa fia mais fino: ai, o medo é mais abstracto, mais irracional.
Faz-me lembrar aquilo que nos diziam em crianças: se não te portas bem, vem aí o papão.
Traduzido para a linguagem deste Governo: se não votas em mim, vem aí o Sócrates.
Ridículo, se querem saber a minha opinião.
Até parece que o homem é o Diabo em pessoa…
Ele até pode ter muita culpa no cartório, mas há que manter alguma objectividade.
E, já agora, sanidade.


Parece que, quando anunciou a data para as próximas eleições legislativas, Cavaco Silva exigiu um novo governo de maioria.
Exigiu?!...
Essa é boa!
Quando muito, pode pedir, ou dar a opinião dele, mas exigir?!


Por hoje é tudo.
Até uma próxima oportunidade.





domingo, 19 de julho de 2015

(Des)Acordos (19/07/2015)

Olá, como estão?


Hoje, estou numa de me sentir agradecida.
Por tudo.
E por todos.
Pelo que já veio.
E pelo que está por vir.


Quem me conhece sabe bem que não subscrevo o Acordo Ortográfico: parece-me demasiado facilitismo.
Nas minhas coisas pessoais, não o sigo. Mas nas coisas ditas “oficiais” (por ex., as da APAHE, entidade com a qual colaboro), sigo.
E não resisto a partilhar aqui um pequeno texto sobre o Acordo Ortográfico:

“ ACORDO ORTOGRÁFICO - JOSÉ MANUEL FERNANDES
 Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e
acompanhando a forma como as pessoas realmente falam .
Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito. Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a
mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros .
Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas .
É um fato que não se pronunciam .
Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se ?
O que estão lá a fazer ?
Aliás, o qe estão lá a fazer ?
Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade .
Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra .
Porqe é qe "assunção" se escreve com "ç" "ascensão" se escreve com "s" ?
Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome.
Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o "ç" .
Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o "ç" e o substitua por um simples "s" o qual passaria a ter um único som .
Como consequência, também os "ss" deixariam de ser nesesários já qe um "s" se pasará a ler sempre e apenas "s" .
Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas,designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar.
Claro, "uzar", é isso mesmo, se o "s" pasar a ter sempre o som de "s" o som "z" pasará a ser sempre reprezentado por um "z" .
Simples não é? se o som é "s", escreve-se sempre com s. Se o som é "z" escreve-se sempre com "z" .
Quanto ao "c" (que se diz "cê" mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de "q") pode, com vantagem, ser substituído pelo "q". Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras.
Nada de "k" .Ponha um q.
Não pensem qe me esqesi do som "ch" .
O som "ch" será reprezentado pela letra "x".
Alguém dix "csix" para dezinar o "x"? Ninguém, pois não ?
O "x" xama-se "xis".
Poix é iso mexmo qe fiqa .
Qomo podem ver, já eliminámox o "c", o "h", o "p" e o "u" inúteix, a tripla leitura da letra "s" e também a tripla leitura da letra "x" .
Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex .
Não, não leiam "simpléqs", leiam simplex .
O som "qs" pasa a ser exqrito "qs" u qe é muito maix qonforme à leitura natural .
No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente .
Vejamox o qaso do som "j" .
Umax vezex excrevemox exte som qom "j" outrax vezex qom "g"- ixtu é lójiqu?
Para qê qomplicar ? ! ?
Se uzarmox sempre o "j" para o som "j" não presizamox do "u" a segir à letra "g" poix exta terá, sempre, o som "g" e nunqa o som "j" .
Serto ?
Maix uma letra mud a qe eliminamox .
É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem !
Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex ?
Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade ?
Outro problema é o dox asentox.
Ox asentox só qompliqam !
Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox .
A qextão a qoloqar é: á alternativa ?
Se não ouver alternativa, pasiênsia.
É o qazo da letra "a" .
Umax vezex lê-se "á", aberto, outrax vezex lê-se "â", fexado .
Nada a fazer.
Max, em outrox qazos, á alternativax .
Vejamox o "o": umax vezex lê-se "ó", outrax lê-se "u" e outrax, lê-se "ô" .
Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso !
qe é qe temux o "u" ?
Se u som "u" pasar a ser sempre reprezentado pela letra "u" fiqa tudo tão maix fásil !
Pur seu lado, u "o" pasa a suar sempre "ó", tornandu até dexnesesáriu u asentu.
Já nu qazu da letra "e", também pudemux fazer alguma qoiza : quandu soa "é", abertu, pudemux usar u "e" .
U mexmu para u som "ê" .
Max quandu u "e" se lê "i", deverá ser subxtituídu pelu "i" .
I naqelex qazux em qe u "e" se lê "â" deve ser subxtituidu pelu "a" .
Sempre. Simplex i sem qompliqasõex .
Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u "til"
subxtituindu, nus ditongux, "ão" pur "aum", "ães" - ou melhor "ãix" - pur
"ainx" i "õix" pur "oinx" .
Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de
arqaíxmux.
Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersísiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a
simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu
mundu .
Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum ?...


I porqe naum?...

.
Ainda outro acordo, mas não ortográfico: o tal acordo para o 3.º resgate para a Grécia.
Foi difícil e suado, mas lá se conseguiu.
Agora, na própria Grécia, já há muita contestação ao Tsipras.
Por ele ter, no entender de alguns, capitulado perante os credores.
Mas, na minha opinião, o grande pecado (chamemos-lhe assim) de Tsipras foi o de ter prometido o que não sabia se podia cumprir.
Se até fez um referendo…
E, esta é só a minha opinião, transmitiu uma imagem demasiado arrogante e sobranceira nos contactos com os seus parceiros europeus.
Atenção, também não estou a defender que devia ter sido subserviente. Nada disso.
Mas assim…
Vocês conhecem aquele provérbio: “Entrada de leão, saída de sendeiro”?
Pois, foi mais ou menos o que aconteceu aqui… Pelo menos, na minha opinião…
Há vozes que dizem que o acordo alcançado em nada é benéfico para a economia grega, pois ao invés de a estimular, proporcionando o tão necessário crescimento económico, só a vai estrangular ainda mais.
Pode muito bem ser.
Como eu não percebo nada de economia (pelo menos, a macro), deixo esse assunto para os especialistas.
Mas há uma coisa que me faz uma confusão do caraças: uma das medidas que o Tsipras disse que ia tomar, era a reforma do sistema fiscal.
Mas isso, mesmo certo, não tinha ainda sido feito?
Então, mas a Grécia não teve uma Troika, de três em três meses, a “melgar-lhes” o juízo, avaliando as medidas já tomadas e autorizando o próximo financiamento?
Se sim, a Troika também deve ter alguma culpa no cartório… pelo menos, na minha leitura da situação.


Ainda por causa da Grécia, lembram-se do Passos Coelho ter puxado dos galões e ter vindo a público dizer que tinha sido dele a ideia que permitiu desbloquear o impasse e alcançar-se um acordo para a Grécia?
Pois para o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, a ideia partiu do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, via SMS.
Então, no que é que ficamos?
(Não que isso tenha grande interesse… Mas já agora, gostava de saber quem está a mentir.)


Por último, toda aquela lamentável chinfrineira acerca da mulher do Passos Coelho.
Sou só eu, ou vocês também acharam aquela história toda um disparate pegado, uma coisa sem pés nem cabeça?
E todos aqueles que se atreveram a criticar a Senhora por aparecer em público da forma corajosa que apareceu, assumindo sem falsos pudores o momento difícil por que está a passar, essa gentalha, corja, sei lá mais o quê… deviam era rastejar para debaixo da pedra de onde vieram.
Eu não gosto do Passos Coelho, mas acusá-lo de aproveitamento político?
Essa gente anda a ver telenovelas a mais.
E mesmo que o fosse, era com autorização dela. Portanto ninguém tem nada a ver com isso.
Como li nas afirmações dum acho que sociólogo, aquela imagem, quando muito, poderá humanizar a imagem do primeiro-ministro. Não vai baixar o desemprego, nem aumentar os salários.
Então, para quê aquele barulho asqueroso?
Ou não confiam na capacidade dos portugueses para pensarem por si próprios e tirarem as suas próprias conclusões?
É que, com aquela faladração toda, parecia mesmo que estavam a passar um atestado de pouca inteligência aos cidadãos portugueses.
Não se sentiram ofendidos?
Eu sei que senti.


E por hoje é tudo.

Até uma próxima oportunidade.




quinta-feira, 9 de julho de 2015

Exemplos (09/07/2015)



Olá, como estão?


Ontem, quando Alex Tsípras (primeiro-ministro grego) foi ao Parlamento Europeu, foi recebido com vaias (por deputados de direita) e aplausos (por deputados de esquerda).
Bom, primeiro que tudo, acho que não tinham nada que se manifestar – nem de uma maneira, nem de outra.
E depois, … vaias?... a sério?...
Não… só podem estar a brincar…
Infelizmente, não.
Porque aconteceu mesmo.
Eu só digo que foi uma enorme falta de respeito, não só pela instituição, como também pelo povo grego.
E aquela gentalha ainda tem a lata de se autoproclamarem democratas?!...
De qualquer maneira, só tenho a dizer o seguinte: se dizem que os exemplos vêm de cima, mas que raio de exemplo…


Este ano o Prémio Camões foi entre entregue a Hélia Correia (
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=30&did=192852), que dedicou o prémio à Grécia, “pelo que a Humanidade lhe deve”.


Ontem, aconteceu na Assembleia da República o chamado debate do Estado da Nação.
Eu não sei o que disseram, mas aposto que o consigo resumir numa frase: o governo disse que o país estava melhor e a oposição disse que o país estava pior.
E pronto!


E fico por aqui.
Até à próxima.


terça-feira, 7 de julho de 2015

E agora?... (07/07/2015)




Olá, como estão?


Então, o “Não” ganhou na Grécia…
Bom, foi a vontade do povo grego: o povo falou através das urnas e contra a voz dos votos…
É a democracia e ponto final. Parágrafo.
E o mais curioso é que isto vem do povo que inventou a democracia.

Mas sabem o que tem mais piada?
(Na verdade, não tem piada nenhuma…)
Li algures que a Alemanha tinha dito que mais negociações, só depois do referendo.
Mas agora, como o “Não” ganhou de forma inequívoca, virou o bico ao prego e deu o dito por não dito. Fechou a porta, por assim dizer, a mais negociações.
Sabem o que isto me lembra?
Aquelas criancinhas a quem, quando as coisas não correm de feição, amuam, fazem beicinho e dizem que já não querem brincar.
E diz-se aquela Merkl democrata?...

Por duas vezes a Alemanha tentou dominar o mundo, pela força das armas.
E por duas vezes falhou.
Agora parece estar a tentar pela força dos números, o que não conseguiu pela força das armas.
E a grade culpada é a Europa.
Mas será que não aprenderam nada?
E sabem o que irrita mais?
Toda esta enorme subserviência, autêntico “beija-mão”…


Lembro duma crónica/texto na revista “Visão”, da autoria de Ricardo Araújo Pereira.
Acho que o título era “Governocar”…
Falava das aquisições automóveis deste executivo.
Quando eu li esta crónica, fiquei com uma vontade imensa de saber as marcas dos tais carros…
Sim, porque não estou a ver executivo a comprar Renault, Skoda ou Nissan.
Não, estou mais a vê-los comprar Audi, BMW ou Mercedes.
Se é que me estou a fazer entender…


E fico por aqui.
Até uma próxima oportunidade.