Olá, como estão?
Ontem, fez 10 anos que foi o
tsunami na Ásia.
E como uma coisa leva a
outra, dei por mim a pensar.
Porque é que teimamos em dizer tsunami, que é a palavra japonesa para onda gigante, quando há uma palavra do
vocabulário português que se aplica a esse fenómeno?
Maremoto, é essa a palavra.
Mas este não é o único
estrangeirismo que parece que preferimos usar, em detrimento da mesmíssima
expressão em português de Portugal.
Por exemplo, bouquet
(França). Em vez de ramo de flores.
Ou ainda chance (Brasil). Em
vez de hipótese.
Será preguiça?...
Talvez.
Talvez seja mais fácil ou
cómodo pensar no estrangeirismo do que procurar a expressão equivalente, no
“nosso” português.
Eu própria (e faço aqui,
desde já, um “mea culpa”*), por vezes – é melhor dizer muitas vezes – caio, ou
persisto, no mesmo erro.
Não sei porquê.
Até parece que os
estrangeirismos estão mesmo ali ao virar da esquina.
À mão de semear.
Enfim…
Já alguma vez se sentiram
zangados, frustrados, quase que desesperados e até mesmo ultrajados, por não os estarem a ouvir?
Eu já.
No ano passado passei por
uma fase de completa exaustão.
E tive que deixar de fazer
algumas coisas.
Mas houve pessoas que
tiveram dificuldade, não sei se em aceitar, se em acreditar.
Eu até me comecei a pôr em
causa: será que sou eu que não estou a conseguir transmitir a minha realidade?
E a impotência instalou-se.
Porque eu não me conseguia
fazer ouvir.
Mas, eventualmente e a muito
custo, lá consegui fazer passar a minha mensagem.
Aliás, eu andava de tal
maneira exausta, que ainda hoje oiço os ecos de atitudes minhas dessa altura:
coisas que fiz ou disse e das quais não tenho a mais pequena réstia de memória.
Mas aos poucos,
d-e-v-a-g-a-r-i-n-h-o, com passinhos de bebé, estou a conseguir recuperar.
E é com esta nota que me
despeço.
Até uma próxima
oportunidade.
*mea culpa, mea culpa, mea
maxima culpa – minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa
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