sábado, 27 de dezembro de 2014

27-12-2014




Olá, como estão?


Ontem, fez 10 anos que foi o tsunami na Ásia.
E como uma coisa leva a outra, dei por mim a pensar.
Porque é que teimamos em dizer tsunami, que é a palavra japonesa para onda gigante, quando há uma palavra do vocabulário português que se aplica a esse fenómeno?
Maremoto, é essa a palavra.
Mas este não é o único estrangeirismo que parece que preferimos usar, em detrimento da mesmíssima expressão em português de Portugal.
Por exemplo, bouquet (França). Em vez de ramo de flores.
Ou ainda chance (Brasil). Em vez de hipótese.
Será preguiça?...
Talvez.
Talvez seja mais fácil ou cómodo pensar no estrangeirismo do que procurar a expressão equivalente, no “nosso” português.
Eu própria (e faço aqui, desde já, um “mea culpa”*), por vezes – é melhor dizer muitas vezes – caio, ou persisto, no mesmo erro.
Não sei porquê.
Até parece que os estrangeirismos estão mesmo ali ao virar da esquina.
À mão de semear.


Enfim…


Já alguma vez se sentiram zangados, frustrados, quase que desesperados e até mesmo ultrajados, por não os estarem a ouvir?
Eu já.
No ano passado passei por uma fase de completa exaustão.
E tive que deixar de fazer algumas coisas.
Mas houve pessoas que tiveram dificuldade, não sei se em aceitar, se em acreditar.
Eu até me comecei a pôr em causa: será que sou eu que não estou a conseguir transmitir a minha realidade?
E a impotência instalou-se.
Porque eu não me conseguia fazer ouvir.
Mas, eventualmente e a muito custo, lá consegui fazer passar a minha mensagem.
Aliás, eu andava de tal maneira exausta, que ainda hoje oiço os ecos de atitudes minhas dessa altura: coisas que fiz ou disse e das quais não tenho a mais pequena réstia de memória.
Mas aos poucos, d-e-v-a-g-a-r-i-n-h-o, com passinhos de bebé, estou a conseguir recuperar.


E é com esta nota que me despeço.
Até uma próxima oportunidade.

      


*mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa – minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa





















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