Olá, como estão?
Hoje é dia de eleições
legislativas.
Mas eu não vou votar.
Só que a minha abstenção é
tudo menos voluntária – é antes por necessidade.
Sim, porque isto de estar
numa cadeira de rodas devido a ter uma doença neurodegenerativa tem que se lhe
diga…
Eu gostava muito de ter ido
votar, mas… mas, mas…
Nem sempre (muitas vezes,
aliás) as coisas são como nós gostaríamos que fosse… Muitas e muitas vezes
temos que nos adaptar às circunstâncias que nos rodeiam, incluindo as dos
nossos cuidadores…
Ontem à noite só já vi o
final da participação de dois comentadores num programa do canal
SIC Notícias.
Um desses comentadores
(infelizmente, não fixei o nome de nenhum) estava a falar da forma de votar e
ele disse uma coisa com a qual concordo em absoluto: devia-se aproveitar as
novas tecnologias e aproximar o voto do cidadão, pois o país tem-se mantido
bastante conservador nesse aspecto – eu diria mesmo elitista.
E ainda falam em tornar o
voto obrigatório?...
Pois, pois…
Já agora, esclareço que sou obstinadamente
contra a obrigatoriedade do voto. Entendo que a abstenção também é um direito
conquistado.
Ainda nesse mesmo programa,
acerca da ausência (já anunciada) de Cavaco Silva das comemorações do 05 de
Outubro porque vai estar em reflexão sobre os resultados eleitorais, o outro
comentador achou que era uma falta de respeito aos portugueses.
Eu vou mais longe: é uma
autêntica falta de respeito à instituição que ele próprio representa.
Se em 1910, no dia 05 de
Outubro, não tivessem levado a uma revolução, ele hoje, provavelmente, não
estaria onde está.
E depois, essa história da
“reflexão”…
Mas não foi ele que marcou
as eleições para 04 de Outubro???
Ele já sabia muito bem que o
dia 05 de Outubro, Dia da Implantação da República, era logo a seguir ao dia
das eleições.
Pelo menos, na minha terra,
o 5 vem sempre a seguir ao 4…
E para acabar com o assunto
eleições, uma história que se passou com a minha mãe: ontem, ela viu na TVI
(penso que não me estou a enganar) uma reportagem sobre onde iriam funcionar as
cabines de voto. E às tantas aparece uma imagem do Passos Coelho e do Portas. O
que está errado. Parece que a imagem passou rápido, mas seja como for, ontem
não era suposto ser dia de reflexão?
E hoje também é Dia Mundial
do Animal.
Cá em casa há 6: um cão
(Félix), 3 gatas (Nucha, Chiquita e Nikita) e 2 coelhos (D: Afonso I, o
“Orelhas” e a D. Lola Carlota, a “Branquinha”).
E chega.
Eu adoro animais, mas também
há uma coisa muito importante, chamada responsabilidade.
E vá se lá saber porquê,
hoje lembrei-me, de quando era pequenina, apanhar saramanhos – um fruto
pequenino, quase uma baga.
Na horta que os meus avós
maternos tinham (onde estavam as hortas, ergue-se hoje uma urbanização),
lembro-me de os apanhar junto ao poço.
Sempre com muito cuidado,
para não cair à água.
Nunca mais vi esse fruto…
E por hoje é tudo.
Até uma próxima
oportunidade.
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