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Hoje é dia 01 de Novembro de
2015, Dia de Todos os Santos.
A festa ou solenidade
do dia de Todos-os-Santos é celebrada em honra de todos os santos e mártires,
conhecidos ou não. Esta festa é celebrada pelos crentes de muitas das igrejas
da religião cristã.
A Igreja Católica celebra
a Festum Omnium Sanctorum (Festa de Todos-os-Santos) a 1 de
novembro que é seguido pelo dia dos fiéis defuntos a 2 de
novembro. A Igreja
Ortodoxa celebra esta festividade no primeiro domingo depois
do Pentecostes, fechando a época litúrgica
da Páscoa,
tal como a Igreja Católica Oriental.
A Igreja Anglicana também
celebra o dia de Todos os Santos com o mesmo significado que nas Igrejas Católica e Ortodoxa.
Na Igreja Luterana, o
dia é celebrado principalmente para lembrar que todas as pessoas batizadas são
santas e também aquelas pessoas que faleceram no ano que passou, pelo que o
significado da celebração também é quase idêntico ao de outras igrejas cristãs.
A Enciclopédia Católica define
o Dia de Todos os Santos como
uma festa em "honra a todos os santos, conhecidos e desconhecidos".
No fim do segundo século, professos cristãos começaram a honrar os que haviam
sido martirizados por causa da sua fé e, achando que eles já estavam com Cristo
no céu, oravam a eles para que intercedessem a seu favor. A comemoração regular
começou quando, em 13 de maio de 609 ou 610, o Papa Bonifácio IV dedicou
o Panteão (o templo
romano em honra a todos os deuses) a Maria e a todos os mártires. Markale comenta: "Os deuses romanos cederam
seu lugar aos santos da religião vitoriosa."
A data foi mudada para
novembro quando o Papa Gregório III (731-741)
dedicou uma capela em Roma a
Todos-os-Santos e ordenou que eles fossem homenageados em 1.° de novembro. Não
se sabe ao certo por que ele fez isso, mas pode ter sido porque já se
comemorava um feriado parecido, na mesma data, na Inglaterra. A Enciclopédia da
Religião afirma: "O Samhain continuou a ser uma festa popular entre os
povos celtas durante
todo o tempo da cristianização da Grã-Bretanha. A Igreja britânica tentou
desviar esse interesse em costumes pagãos acrescentando
uma comemoração cristã ao calendário, na mesma data do Samhain. É
possível que a comemoração britânica medieval do Dia de Todos-os-Santos tenha
sido o ponto de partida para a popularização dessa festividade em toda a Igreja
cristã."
Markale menciona
a crescente influência dos monges irlandeses em toda a Europa naquela época. De
modo similar, a Nova Enciclopédia Católica afirma: "Os irlandeses
costumavam reservar o primeiro dia do mês para as festividades importantes e,
visto que 1.° de novembro era também o início do inverno para os celtas, seria
uma data propícia para uma festa em homenagem a todos os santos."
Finalmente, em 835,
o Papa Gregório IV declarou-a
uma festa universal.
O feriado do Dia
de Finados, no qual as pessoas rezam a fim de ajudar as almas no
purgatório a obter a bem-aventurança celestial, teve sua data fixada em 2 de
novembro durante o século
11 pelos
monges de Cluny,
na França.
Embora se afirmasse que o Dia de Finados era um dia santo católico, é óbvio
que, na mente do povo, ainda havia muita confusão. A Nova Enciclopédia Católica
afirma que "durante toda a Idade
Média era popular a crença de que, nesse dia, as almas no
purgatório podiam aparecer em
forma de fogo-fátuo, bruxa,
sapo etc."
Incapaz de desarraigar as
crenças pagãs do
coração do seu rebanho, a Igreja simplesmente as escondeu por trás de uma
máscara "cristã". Destacando esse fato, a Enciclopédia da Religião
diz: "A festividade cristã, o Dia de Todos-os-Santos, é uma homenagem aos
santos conhecidos e desconhecidos da religião cristã, assim como o Samhain lembrava
as deidades celtas e lhes pagava tributo..."
Na Igreja Católica, o
dia de "Todos-os-Santos" é celebrado no dia 1 de
novembro e o de "Finados" no dia 2 de
novembro. Esta tradição de recordar (fazer memória) os santos
está na origem da composição do calendário litúrgico, em
que constavam, inicialmente, as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como
testemunho pela sua fé, realizando-se, nelas, orações, missas e vigílias,
habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como
acontecia em redor do Coliseu
de Roma. Posteriormente tornou-se habitual erigirem-se igrejas
e basílicas dedicadas
a sua memória nesses mesmos locais.
O desenvolvimento da
celebração conjunta de vários mártires, no mesmo dia e lugar, deveu-se ao facto
frequente do martírio de grupos inteiros de cristãos e também devido ao
intercâmbio e partilha das festividades entre as dioceses/paróquias por
onde tinham passado e se tornaram conhecidos. A partir da perseguição de Diocleciano o
número de mártires era tão grande que se tornou impossível designar um dia do
ano separado para cada um. O primeiro registo (Século
IV)
de um dia comum para a celebração de todos eles aconteceu em Antioquia, no
domingo seguinte ao de Pentecostes, tradição que se mantém nas igrejas
orientais.
Com o avançar do tempo, mais
homens e mulheres se sucederam como exemplos de santidade e foram com estas
honras reconhecidos e divulgados por todo o mundo. Inicialmente apenas mártires (com
a inclusão de são
João Batista), depressa se deu grande relevo a cristãos
considerados heroicos nas suas virtudes, apesar de não terem sido mortos. O
sentido do martírio que os cristãos respeitam alarga-se ao da entrega de toda a
vida a Deus e, assim, a designação "todos-os-santos" visa a celebrar
conjuntamente todos os cristãos que se encontram na glória de Deus, tenham ou
não sido canonizados (processo
regularizado, iniciado no Século
V,
para o apuramento da heroicidade de vida cristã de alguém aclamado pelo povo e
através do qual se pode ser chamado universalmente de beato ou santo, e pelo
qual se institui um dia e o tipo e lugar para as celebrações, normalmente com
referência especial na missa).
Segundo o ensinamento da Igreja,
a intenção catequética desta celebração que tem lugar em todo o mundo, ressalta
o chamamento de Cristo a
cada pessoa para o seguir e ser santo, à imagem de Deus, a
imagem em que foi originalmente criada e para a qual deve continuar a caminhar
em amor.
Isto não só faz ver que existem santos vivos (não apenas os do passado) e que
cada pessoa o pode ser, mas sobretudo faz entender que são inúmeros os
potenciais santos que não são conhecidos, mas que da mesma forma que os
canonizados igualmente veem Deus face a face, têm plena felicidade e
intercedem por nós. O Papa João Paulo II foi
um grande impulsionador da "vocação universal à santidade", tema
renovado com grande ênfase no Segundo Concílio do Vaticano.
Nesta celebração, o povo
católico é conduzido à contemplação do
que, por exemplo, dizia o Cardeal Beato John
Henry Newman: não somos simplesmente pessoas imperfeitas
em necessidade de melhoramentos, mas sim rebeldes pecadores que devem
render-se, aceitando a vida com Deus, e realizar isso é a santidade aos olhos
de Deus.
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957. A comunhão com os santos.
Não é só por causa do seu exemplo que veneramos a memória dos
bem-aventurados, mas ainda mais para que a união de toda a Igreja no Espírito
aumente com o exercício da caridade fraterna. Pois, assim como a comunhão
cristã entre os cristãos ainda peregrinos nos aproxima mais de Cristo, assim
também a comunhão com os santos nos une a Cristo, de quem procedem, como de
fonte e Cabeça, toda a graça e a própria vida do Povo de Deus.
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A Cristo, nós O adoramos,
porque Ele é o Filho de Deus; quanto aos mártires, nós os amamos como a
discípulos e imitadores do Senhor; e isso é justo, por causa da sua devoção
incomparável para com o seu Rei e Mestre. Assim nós possamos também ser seus
companheiros e condiscípulos!
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1173. Quando a Igreja, no
ciclo anual, faz memória dos mártires e dos outros santos, proclama o
mistério pascal realizado naqueles homens e mulheres que sofreram com Cristo
e com Ele foram glorificados, propõe aos fiéis os seus exemplos, que a todos
atraem ao Pai por Cristo, e implora, pelos seus méritos, os benefícios de
Deus.
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2013. Os cristãos, de
qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à
perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: Sede perfeitos, como o
vosso Pai celeste é perfeito (Mt 5, 48). Para alcançar esta perfeição,
empreguem os fiéis as forças recebidas segundo a medida em que Cristo as dá,
a fim de que [...] obedecendo em tudo à vontade do Pai, se consagrem com toda
a alma à glória do Senhor e ao serviço do próximo. Assim crescerá em frutos
abundantes a santidade do povo de Deus, como patentemente se manifesta na
história da Igreja, com a vida de tantos santos.
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Em Portugal, no
dia de Todos-os-Santos, as crianças saem à rua e juntam-se em pequenos bandos
para pedir o pão-por-deus de
porta em porta. As crianças quando pedem o pão-por-deus recitam versos e
recebem como oferenda: pão, broas, bolos, romãs e frutos
secos, nozes, amêndoas ou castanhas,
que colocam dentro dos seus sacos de pano. É também costume em algumas regiões
os padrinhos oferecerem um bolo, o Santoro. Em algumas povoações, chama-se, a
este dia, o "Dia dos Bolinhos" ou "Dia do Bolinho".
Esta tradição já era
registada no século XV. Tem origem no ritual pagão
do culto dos mortos, com raízes milenares. Em 1756, também se cumpriu, 1 ano
após o sismo que destruiu Lisboa em 1 de Novembro de
1755,
em que morreram milhares de pessoas e em que a população da cidade - na sua
maioria pobre - ainda mais pobre ficou.
Como a data do terramoto
coincidiu com uma data com significado religioso (1 de Novembro), de forma
espontânea, no dia em que se cumpria o primeiro aniversário do terramoto, a
população aproveitou a tradição para desencadear, por toda a cidade, um
peditório, com a intenção de manter uma tradição que lembrava os seus mortos.
As pessoas, percorriam a cidade,
batiam às portas e pediam que lhes fosse dada qualquer esmola,
mesmo que fosse pão, dado grassar a fome pela cidade. E as pessoas pediam:
"Pão por Deus".
Noutras zonas do país, foram
surgindo variações na forma e no nome da comemoração.
Nas décadas de 1960 e 1970, a
data passou a ser comemorada mais de forma lúdica do que pelas razões que
criaram a tradição. Havia regras básicas, que eram escrupulosamente cumpridas:
Só podiam pedir o
"Pão-por-Deus" crianças até os 10 anos de idade (com idades
superiores, as pessoas recusavam-se a dar).
As crianças só podiam andar
na rua a pedir o "Pão-por-Deus" até ao meio-dia (depois do meio-dia,
se alguma criança batesse a uma porta, levava um "raspanete" do
adulto que abrisse a porta).
A partir dos anos
1980,
a tradição foi gradualmente desaparecendo e, atualmente, raras são localidades
onde se pratica esta tradição. Em Fátima, por exemplo, esta tradição
continua bem viva.
Embora não advoguem a crença
no purgatório, há igrejas protestantes que
também guardam o Dia
de Finados. Com efeito, é o terceiro dentre três dias consecutivos
que a cristandade considera como tendo relação especial com os mortos. O dia
antes, 1° de novembro, é o Dia de Todos-os-Santos, em honra às almas dos
"santos", que se pensa já terem chegado ao céu. E o dia anterior, 31
de outubro, é chamado Halloween (em inglês)
ou Véspera de
Todos-os-Santos, e seu nome em inglês deriva de ser a
véspera do "Dia de Todos os Hallows [Santos]".
O Halloween também
tem relação com os mortos. No calendário dos antigos celtas, 31
de outubro era a Véspera do Ano-Novo. Os
celtas, junto com seussacerdotes, os druidas,
criam que, na véspera do ano-novo, as almas dos
mortos perambulavam pela terra. Sustentava-se que alimentos, bebidas e
sacrifícios podiam apaziguar tais almas perambulantes.
O halloween também incluía fogueiras para
expulsar os maus espíritos.
A respeito das fogueiras
nessa época do ano, lemos em "Curiosidades dos Costumes Populares":
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Usavam-se também fogueiras
em diferentes horas e lugares, na Noite de
Todos-os-Santos, que é a véspera do Dia
de Finados, e no próprio Dia de Finados, o 2 de
novembro. Nestes casos, as fogueiras eram consideradas como típicas da imortalidade,
e imaginava-se serem eficazes, como sinal exterior e visível, pelo menos,
para iluminar as almas [isto é, ajudá-las a libertar-se] do purgatório.
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Eu ainda me lembro de ir,
com um grupo de amigos, pedir o “Pão por Deus”. E como não só vivíamos numa
aldeia (na altura: agora já é vila), como também ainda não havia as questões
que há actualmente com a segurança, íamos sozinhos, sem qualquer tipo de
supervisão adulta.
Um dos meus sítios
preferidos para ir era o antigo Convento das Freiras, actual APPACDM (mais
conhecido como o 8.º Centro): as freiras eram muito simpáticas e davam sempre
nozes.
E por hoje é tudo.
Até uma próxima
oportunidade.
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