Olá, como estão?...
Eu, cá vou…
Primeiro que tudo, quero
aqui apresentar as minhas mais sinceras desculpas por esta ausência, mas esta
semana que passou foi realmente… caótica.
Mas vamos falar de outras
coisas.
Ontem vi no Facebook uma notícia
sobre aquela confusão (mais uma…) relacionada com a colocação de professores:
aquela referente à anulação dos contratos efectuados ao abrigo da Bolsa de
Professores, ou lá como era o nome…
A notícia, sobre uma
professora de Bragança do ensino especial até me mereceu um comentário no
Facebook.
Mas a verdade é mesmo esta:
digam o que disserem, a coisa parece mesmo uma autêntica caça às bruxas.
Hoje em dia, ser professor é
uma autêntica heresia.
E então arranjam mil e um
subterfúgios para cansarem os professores e levá-los a desistir de o serem.
Sim, porque é disto que se
trata.
Não me venham com essa
história de erro ou lá o que for, que não me convence.
E depois temos aquela…
anedota a raiar o completo ridículo do Excelentíssimo Senhor Ministro da
Educação e Cultura, Dr. Nuno Crato, apresentar-se perante o Parlamento a
assumir que houve um erro no cálculo da colocação de professores e a pedir
desculpa por isso.
Está bem, a mim sempre me
ensinaram que realmente devemos sempre assumir os nossos erros e pedir
desculpas pelos mesmos.
Mas também sempre me
ensinaram que o pedido de desculpas deve ser sincero e que devemos assumir as consequências
do nosso erro.
Ora, não só o pedido de
desculpas me pareceu tudo menos sincero (antes pelo contrário: não sei se fui
só eu, mas a mim, o que me pareceu, foi que ele estava, antes de mais nada, a
gozar com tudo e com todos, com aquele ar de presunção), como onde estão as consequências?
Se ele fosse mesmo sincero,
deveria pôr o lugar à disposição, não concordam? No mínimo.
Mas as desculpas do ministro
merecem-me dois comentários:
1)
Pode pegar nas suas preciosas desculpas e enterrá-las
bem fundo no respectivo.
2)
As desculpas não se pedem: EVITAM-SE!!!
Quer dizer, eu aceito quando
me dizem que há professores a mais.
E também é verdade que há
professores que disso, de professor, só têm o nome.
Eu própria tive alguns
desses: não muitos, mas alguns.
Em contrapartida, também
tive excelentes professores – aí, tive sorte: porque foram mais que alguns.
Da maneira como eu vejo a
coisa, não é professor quem quer: é professor quem pode. Quem sabe ensinar.
E não é a formação académica
que vai determinar isso.
Uma pessoa pode ter a melhor
formação académica do mundo e não saber ensinar.
Eu própria, quando era mais
nova, dizia que queria ser professora de Inglês. Mas reduzi-me à minha
insignificância e reconheci que não sabia o mais importante: ensinar.
Adoro aprender, mas não sei
ensinar.
Por tudo isto, eu até
concordo com a avaliação de professores
Mas a coisa não se resolve
assim, às 3 pancadas.
Muito menos numa prova
única.
Por último, o já famosíssimo
“Citius”.
Só tenho uma pergunta:
porque é que o governo não abre os cordões à bolsa e contrata técnicos
informáticos capazes de resolverem o imbróglio já causado?
Sim, porque com certeza que
há técnicos capazes de desatarem o nó apertado. Devem é pagar-se muito bem…
E é essa a desculpa: não há
dinheiro.
Mas para outras coisas, já
há…
E com esta nota, me despeço.
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