domingo, 5 de outubro de 2014

05-10-2014




Olá, como estão?...
Eu, cá vou…

Primeiro que tudo, quero aqui apresentar as minhas mais sinceras desculpas por esta ausência, mas esta semana que passou foi realmente… caótica.

Mas vamos falar de outras coisas.

Ontem vi no Facebook uma notícia sobre aquela confusão (mais uma…) relacionada com a colocação de professores: aquela referente à anulação dos contratos efectuados ao abrigo da Bolsa de Professores, ou lá como era o nome…
A notícia, sobre uma professora de Bragança do ensino especial até me mereceu um comentário no Facebook.
Mas a verdade é mesmo esta: digam o que disserem, a coisa parece mesmo uma autêntica caça às bruxas.
Hoje em dia, ser professor é uma autêntica heresia.
E então arranjam mil e um subterfúgios para cansarem os professores e levá-los a desistir de o serem.
Sim, porque é disto que se trata.
Não me venham com essa história de erro ou lá o que for, que não me convence.
E depois temos aquela… anedota a raiar o completo ridículo do Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação e Cultura, Dr. Nuno Crato, apresentar-se perante o Parlamento a assumir que houve um erro no cálculo da colocação de professores e a pedir desculpa por isso.
Está bem, a mim sempre me ensinaram que realmente devemos sempre assumir os nossos erros e pedir desculpas pelos mesmos.
Mas também sempre me ensinaram que o pedido de desculpas deve ser sincero e que devemos assumir as consequências do nosso erro.
Ora, não só o pedido de desculpas me pareceu tudo menos sincero (antes pelo contrário: não sei se fui só eu, mas a mim, o que me pareceu, foi que ele estava, antes de mais nada, a gozar com tudo e com todos, com aquele ar de presunção), como onde estão as consequências?
Se ele fosse mesmo sincero, deveria pôr o lugar à disposição, não concordam? No mínimo.
Mas as desculpas do ministro merecem-me dois comentários:
1)    Pode pegar nas suas preciosas desculpas e enterrá-las bem fundo no respectivo.
2)    As desculpas não se pedem: EVITAM-SE!!!


Quer dizer, eu aceito quando me dizem que há professores a mais.
E também é verdade que há professores que disso, de professor, só têm o nome.
Eu própria tive alguns desses: não muitos, mas alguns.
Em contrapartida, também tive excelentes professores – aí, tive sorte: porque foram mais que alguns.
Da maneira como eu vejo a coisa, não é professor quem quer: é professor quem pode. Quem sabe ensinar.
E não é a formação académica que vai determinar isso.
Uma pessoa pode ter a melhor formação académica do mundo e não saber ensinar.
Eu própria, quando era mais nova, dizia que queria ser professora de Inglês. Mas reduzi-me à minha insignificância e reconheci que não sabia o mais importante: ensinar.
Adoro aprender, mas não sei ensinar.
Por tudo isto, eu até concordo com a avaliação de professores
Mas a coisa não se resolve assim, às 3 pancadas.
Muito menos numa prova única.

Por último, o já famosíssimo “Citius”.
Só tenho uma pergunta: porque é que o governo não abre os cordões à bolsa e contrata técnicos informáticos capazes de resolverem o imbróglio já causado?
Sim, porque com certeza que há técnicos capazes de desatarem o nó apertado. Devem é pagar-se muito bem…
E é essa a desculpa: não há dinheiro.
Mas para outras coisas, já há…

E com esta nota, me despeço.


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