Olá, como estão?
Primeiro que tudo, quero
aqui apresentar as minhas desculpas por tão longa ausência.
Mas tenho que vos ser
sincera: tal deveu-se não só a eu não ter andado muito bem, como também (e
principalmente) a uma ”preguicite” extrema.
E a tal ainda não passou
completamente… Ainda por cá anda…
É cá uma letargia…
Bem hoje também não há
vídeo.
Há antes a imagem de uma
escultura: “Desespero”, de Auguste Rodin.
Vi esta imagem, pela
primeira vez, nas páginas dum livro de Filosofia, devia ter 16-17 anos.
Bom, cá vamos nós.
O assunto de que mais se tem
falado é, adivinharam, o surto de legionella.
Quando se começou a falar
disso, há mais ou menos uma semana, eu por acaso não fui apanhada completamente
às escuras.
Mas era muito pouco o que eu
sabia.
Sabia que a legionella é uma
bactéria, que está na origem da doença do Legionário e que está muito ligada
aos aparelhos de ar condicionado.
E era só a isto que se resumia
o meu conhecimento.
Claro que hoje já não é
assim.
Não só fui investigar na
Internet, como também aprendi muito ao ver os noticiários.
Também se tem falado muito
nas tal taxas turísticas, que o António Costa quer implementar em Lisboa.
Eu, não o vou negar, quando
ouvi falar nisso a 1.ª vez, também fiquei algo apreensiva.
Não tanto com as de
desembarque, mas mais com as de dormida.
Mas depois ouvi dizer que
tais taxas já são uma prática corrente em algumas capitais europeias.
E até deram o exemplo de
Roma (Itália), onde já é cobrado um valor superior ao que pensam cobrar em
Lisboa.
É claro que há quem diga:
Lisboa não é Roma.
E a esses eu contradigo:
Roma não é Lisboa.
Vamos parar de nos
inferiorizar e celebrar o que é nosso.
Como é que podemos esperar
que nos respeitem, se não nos respeitamos?
No meio disto tudo, saúdo
aqui a posição de Pedro Passos Coelho, o nosso Primeiro-Ministro: “Não comento assuntos
municipais”.
Não fez como o Ministro da Economia,
António Pires de Lima, que teve a muito triste ideia de ir para a Assembleia da
República fazer uma figura ridícula e desprezível.
E vou aproveitar esta
oportunidade para deixar aqui um poema do meu especial agrado, “Palavras que
busco”:
Há palavras que nascem
para serem cantadas,
há palavras que rasgam
a proa do futuro,
outras recolhem-se para
ser sonhadas,
e outras ainda se
escondem no escuro.
Há palavras de vidro,
palavras quebradas,
há palavras queimadas,
feitas esturro,
das palavras que busco,
nas asas de fadas,
aquelas que encontro
são feitas de nada.
Avelina
da Silveira
(Na
Metamorfose do Tempo – Palavras de
Tecedeira, Editorial Éter, 1995)
E é nesta nota, que me
despeço.
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