quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

04-12-2014





Olá, como estão?


Hoje também ainda não há vídeo.
Há antes outra imagem alusiva ao Natal.


E por falar em Natal…
Claro está que falar em prendas era inevitável.
E lembro-me sempre daquelas pessoas que só dão dinheiro.
Eu, confesso que não sou adepta.
Quer dizer, eu reconheço a funcionalidade da coisa: assim, o destinatário pode gastar o dinheiro como bem quiser ou, antes pelo contrário, comprar o que mais lhe faz falta.
Mesmo assim.
No meu entender, quando estou a presentear alguém, estou também a dar algo de mim.
E estou a mostrar o meu interesse nessa pessoa, a minha vontade e o meu esforço em conhece-lo/a.
Dar dinheiro, para mim, é frio, impessoal.
E preguiçoso.


Está bem, podem-me chamar de forreta.
Se isso vos faz felizes…


Só há uma situação onde eu admito dar dinheiro: em casamentos.


Não estou a ser coerente?
Não há problema.
Não é para os outros que tenho que ser coerente: é antes para mim.


Antes de me ir embora, faço questão de aqui vos deixar outro poema de Fernando Pessoa:

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

27/11/1930

(poema retirado da página da Internet http://www.releituras.com/fpessoa_psicografia.asp)


Até uma próxima oportunidade.








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