Olá, como estão?
Ontem, o Presidente da
República, Cavaco Silva, atribuiu a Ordem da Liberdade à cidade de Santarém,
pelo papel que esta desempenhou na revolução dos cravos – afinal, não nos
podemos esquecer que foi de Santarém, mais precisamente da Escola Prática de
Cavalaria, que saiu a coluna militar comandada por Salgueiro Maia, com direcção
ao Largo do Carmo, em Lisboa.
Mas nas cerimónias
comemorativas do 25 de Abril em Santarém, o agora Presidente da República foi
muito criticado por, enquanto Primeiro-Ministro, ter recusado a atribuição de
uma pensão a Salgueiro Maia, quando ele estava já muito doente – pelo menos, é
esta a percepção que tenho: a de uma tremenda injustiça e suprema ingratidão.
Mas convenhamos, ele
realmente fez o que fez, mas… onde estava o Exército, para defender um dos
seus? E o Presidente da República, para discordar dessa decisão? Posso estar
muito enganada, mas perante isto, só faço uma leitura, resumida numa só palavra:
cumplicidade.
Ainda ontem terminei de ler
o livro “É possível”, de Rui Bernardino & Cláudia Cambraia
(Chiado Editora,
2014). E como se trata de uma história de vida de quem padece de ataxia de Friedreich
(no caso, o Rui), as comparações com o meu livro “Quando um burro fala, o outro
baixa as orelhas” (Chiado Editora, 2010), tornaram-se inevitáveis.
Diferenças literárias à
parte e apesar de termos a doença em comum, os nossos percursos são muito
diferentes.
Logo a começar pelo género:
ele é homem, enquanto que eu sou mulher.
E não é só.
Se ficaram curiosos e com a
pulga atrás da orelha, convido-os a lerem os livros e a tirar as vossas
conclusões.
Por hoje, fico por aqui.
Até uma próxima
oportunidade.
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