sexta-feira, 8 de maio de 2015

Leiteraturas (08/05/2015)

Olá, como estão?


Gosto muito de contos, sempre gostei.
É mesmo a minha forma de expressão literária de eleição. Até tenho um outro blogue, “À procura de uma história” (http://aprocuradeumahistoria.blogspot.pt) dedicado ao tema.
 
O melhor conto que já li é da autoria de Joyce Carol Oates e chama-se “Extenuating Circumstances” (Circunstâncias Atenuantes), no livro “Haunted – Tales of the Grotesque” (Assombrada – Contos do Grotesco) (Penguin Group USA Incorporated, 1995). Referi os títulos em inglês, porque foi essa a versão que li – a na língua inglesa, a versão original.

(Como tenho a sorte de falar inglês e como tenho a percepção de que nem sempre as traduções transmitem exactamente a voz autor, por vezes (mas não sempre!) gosto de ler as versões originais – quando são em inglês, claro está.
A isto acresce o facto de eu também, em tempos, ter escrito em inglês. Aliás, uma das maneiras de aumentar o meu volume de trabalho era pegar no meu trabalho em inglês e traduzi-lo para português. Mas não. O meu trabalho em inglês foi pensado em inglês. Até porque há certas expressões na língua inglesa que são intraduzíveis para português. E vice-versa.)

Mas o melhor conto que já li, em português, é da autoria de José Riço Direitinho e chama-se “Amor num cheiro imenso a rosmaninho”. Mas este conto não faz parte dum livro. Foi antes publicado na Revista ELLE de Agosto de 1995, n.º 83, integrada no suplemento “Contos de Verão”.

E ainda há o conto que gostava de ter escrito: “O vocabulário das varandas”, da autoria de Almudena Grandes, no livro “Sete mulheres” (Editorial Presença, 1998). Ainda me lembro que quando o acabei de ler, foi automático: pensei logo “Gostava de ter escrito este conto”.

Vem isto a propósito do livro “Um Livro Num Dia: Contos da manhã que logo entardeceu” (Chiado Editora, 2015), fruto da iniciativa levada a cabo no Dia Mundial do Livro, pela Chiado Editora, em plena Av. da Liberdade, na cidade de Lisboa.
E não é que o livro tem sido uma muito agradável surpresa?...
Realmente há por aí muito e muito bom talento bem escondido.
Dai eu achar que estas iniciativas são muito importantes, que funcionam, pelo menos a meu ver, como uma democratização do acesso ao, cada vez mais, hermético mundo editorial.
Só pecam por ser em muito reduzido número.
Fico ansiosa pela próxima iniciativa.


Por hoje, fico por aqui.

Até uma próxima oportunidade. 

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