sexta-feira, 26 de junho de 2015

O ser & o sentir (26/06/2015)

Olá, como estão?


Com muita pena minha, amanhã, Sábado, não vou poder ir a Fátima, assistir ao lançamento do livro da (E)Lisa, “ELA – Essência de uma Princesa” (https://www.facebook.com/pages/Ela-Ess%C3%AAncia-de-uma-Princesa/383475358510816?fref=ts). Mas já reservei um exemplar e desejo que tudo corra pelo melhor e que seja um sucesso!
                                            
Mas vi a participação da (E)Lisa e da Inês no programa “A tarde é sua”, na TVI, ontem à tarde, onde falaram da amizade que as une, uma amizade a ferro & fogo, forjada na e pela doença da (E)Lisa.
E senti, de forma intensa, a raiva e revolta, a dor e mágoa, a confiança e reservas. Acima de tudo, pude sentir a força incomensurável da vontade da (E)Lisa.

E hoje de manhã, não tive a hipótese, infelizmente, de ver a participação da (E)Lisa e da Inês no programa “Agora nós”, na RTP1.
Mas já vi o vídeo!

Apesar de estar muito feliz pela amizade da (E)Lisa e da Inês – e estou mesmo!, podem acreditar que estou –, fiquei também um bocado sentida, triste.
Mas atenção, se esse sentimento me invadiu, ainda que momentaneamente, não foi por causa de alguém, entenda-se.
Fiquei sentida e triste, mais comigo mesma. Porque eu não tenho ninguém assim.
Mas também, e vamos lá a ser sinceros, a grande culpada… sou eu. Eu sempre fui reservada.
Por exemplo, quando eu escrevi o meu livro “Quando um burro fala, o outro baixa as orelhas” (Chiado Editora, 2010), eu não disse a ninguém que o estava a fazer. Os meus próprios pais, só o souberam quando eu recebi a prova. Outra diferença, é que no meu livro não há fotografias.
No entanto, não tenho vergonha de mim.
Se for preciso aparecer para falar sobre a doença, eu apareço.
Aliás, já o fiz várias vezes.
Já lutei pela divulgação das ataxias na linha da frente.
Agora, recuei.
Mas continuo a lutar.

Mas coisa curiosa, sempre que “dei a cara” para falar sobre a doença, foi mesmo sobre isso que falei: a doença.
Acho mesmo que nunca falei abertamente sobre mim e os meus sentimentos.
Ou, se falei, foi sempre de forma muito superficial.
É que, não sei se estão a ver, mas eu não sei falar de mim – tenho uma enorme dificuldade.
Prefiro escrever, sempre preferi.
Foi por isso que escrevi o meu livro “Quando um burro fala, o outro baixa as orelhas” (Chiado Editora, 2010), sobre a minha relação com a ataxia de Friedreich: para exorcizar os meus demónios.
Alias, a minha escrita, mesmo o meu trabalho de ficção, não é propriamente feliz.
Não acreditam?... Então, espreitem o meu outro blogue (http://aprocuradeumahistoria.blogspot.pt) e logo falamos.


Fico por aqui.
Até à próxima.









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