Olá, como estão?
Com muita pena minha, amanhã,
Sábado, não vou poder ir a Fátima, assistir ao lançamento do livro da (E)Lisa,
“ELA – Essência de uma Princesa” (https://www.facebook.com/pages/Ela-Ess%C3%AAncia-de-uma-Princesa/383475358510816?fref=ts).
Mas já reservei um exemplar e desejo que tudo corra pelo melhor e que seja um
sucesso!
Mas
vi a participação da (E)Lisa e da Inês no programa “A tarde é sua”, na TVI,
ontem à tarde, onde falaram da amizade que as une, uma amizade a ferro &
fogo, forjada na e pela doença da (E)Lisa.
E senti, de forma intensa, a
raiva e revolta, a dor e mágoa, a confiança e reservas. Acima de tudo, pude
sentir a força incomensurável da vontade da (E)Lisa.
E hoje de manhã, não tive a
hipótese, infelizmente, de ver a participação da (E)Lisa e da Inês no programa
“Agora nós”, na RTP1.
Mas já vi o vídeo!
Apesar de estar muito feliz
pela amizade da (E)Lisa e da Inês – e estou mesmo!, podem acreditar que estou
–, fiquei também um bocado sentida, triste.
Mas atenção, se esse
sentimento me invadiu, ainda que momentaneamente, não foi por causa de alguém,
entenda-se.
Fiquei sentida e triste,
mais comigo mesma. Porque eu não tenho ninguém assim.
Mas também, e vamos lá a ser
sinceros, a grande culpada… sou eu. Eu sempre fui reservada.
Por exemplo, quando eu
escrevi o meu livro “Quando um burro fala, o outro baixa as orelhas” (Chiado
Editora, 2010), eu não disse a ninguém que o estava a fazer. Os meus próprios
pais, só o souberam quando eu recebi a prova. Outra diferença, é que no meu
livro não há fotografias.
No entanto, não tenho
vergonha de mim.
Se for preciso aparecer para
falar sobre a doença, eu apareço.
Aliás, já o fiz várias
vezes.
Já lutei pela divulgação das
ataxias na linha da frente.
Agora, recuei.
Mas continuo a lutar.
Mas coisa curiosa, sempre
que “dei a cara” para falar sobre a doença, foi mesmo sobre isso que falei: a
doença.
Acho mesmo que nunca falei
abertamente sobre mim e os meus sentimentos.
Ou, se falei, foi sempre de
forma muito superficial.
É que, não sei se estão a
ver, mas eu não sei falar de mim – tenho uma enorme dificuldade.
Prefiro escrever, sempre
preferi.
Foi por isso que escrevi o
meu livro “Quando um burro fala, o outro baixa as orelhas” (Chiado Editora, 2010),
sobre a minha relação com a ataxia de Friedreich: para exorcizar os meus demónios.
Alias, a minha escrita,
mesmo o meu trabalho de ficção, não é propriamente feliz.
Não acreditam?... Então,
espreitem o meu outro blogue (http://aprocuradeumahistoria.blogspot.pt)
e logo falamos.
Fico por aqui.
Até à próxima.
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