domingo, 13 de dezembro de 2015

Boas Festas (13/12/2015)



Olá, como estão?


Apesar de estarmos em plena quadra natalícia, não o sinto.
Não sei porquê.
Talvez seja por não estar muito frio, situação atípica para a época.
Para onde quer que se olhe, só se vêem alusões à quadra que se atravessa, mas eu… nicles, batatóides.
Népia.

Há já alguns anos que me venho a sentir assim: cada vez menos em “modo Natal”.
Acho que é por sentir falta da azáfama e da confusão.
Já não faço: vejo fazer.
Não é por não querer: é por não poder.
E sinto-me posta de lado.
Eu sei que pode parecer ridículo, mas…

Vem-me á memória um Natal, há já mais de 20 anos.
Ainda havia escudos (nem se falava em euros) e as lojas só abriam, aos Sábados, de manhã: só na quadra natalícia é que também abriam aos Sábados à tarde, para depois encerrarem nos dias 26 de Dezembro e 02 de Janeiro.
Estava um dia bonito, de sol, mas frio.
Era Sábado (já não me lembro se de manhã ou de tarde) e eu fui a Santarém comprar as prendas para a minha mãe, para o meu pai e para o meu irmão.
Lembro-me que tinha 5.000$00 (cerca de 25,00 €) na carteira.
Também me lembro da azáfama, do corre-corre. E da música que saia dos altifalantes, que acompanhavam a iluminação de Natal. Lembro-me especialmente daquela canção do Coro de Santo Amaro de Oeiras: “A todos um Bom Natal”.
(Abro aqui um parêntesis para partilhar com vocês um facto curioso: não sei porquê, mas sempre que oiço esta canção, choro. E com isto fecho este parêntesis.)
Mas com os 5.000$00 comprei as prendas para todos – três prendas. E prendas boas.
Agora, com esses 25,00 €, comprava uma, talvez duas. Nunca três.


Aliás, irrita-me sobremaneira aqueles que teimam em dizer que o euro não encareceu o custo de vida.
O tanas!...
E o melhor exemplo é o preço dos livros: a ideia que eu tenho é que, no tempo dos escudos, um livro raramente chegava a custar 2.000$00 (cerca de 10,00 €). Pois bem, com a entrada do euro o preço médio dum livro é de 15,00 € (cerca de 3.000$00).
Posso estar a ser muito injusta (provavelmente, até estou), mas que eu me sinto roubada, ai lá isso sinto…


E vocês ouviram aquela do Lula da Silva (ex-presidente do Brasil), a dizer que a culpa do atraso no Brasil (ou coisa parecida) é da colonização portuguesa?...
Se um angolano, cabo-verdiano, guineense, moçambicano ou são-tomense dissesse isso, eu aceitava, até porque Portugal colonizou tais países (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) até meados da década de 70 do século XX.
Agora…  o Brasil?!...
Que eu saiba, o Brasil é um país independente desde 1822.
Agora, culpar Portugal é como se agora os EUA se lembrassem de culpabilizarem os ingleses.
Ridículo… Pelo menos para mim…


E já agora vou-vos dizer qual é o meu filme preferido de Natal: “Natal Branco” (White Christmas), de 1954, com Bing Crosby e Danny Kaye.

Deixo-vos com a minha canção preferida de Natal, “Little drummer boy”, aqui na versão de Josh Groben:





Por agora é tudo.
Até a uma próxima oportunidade.

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