Olá, como estão?
Apesar de estarmos em plena
quadra natalícia, não o sinto.
Não sei porquê.
Talvez seja por não estar
muito frio, situação atípica para a época.
Para onde quer que se olhe,
só se vêem alusões à quadra que se atravessa, mas eu… nicles, batatóides.
Népia.
Há já alguns anos que me
venho a sentir assim: cada vez menos em “modo Natal”.
Acho que é por sentir falta
da azáfama e da confusão.
Já não faço: vejo fazer.
Não é por não querer: é por
não poder.
E sinto-me posta de lado.
Eu sei que pode parecer
ridículo, mas…
Vem-me á memória um Natal,
há já mais de 20 anos.
Ainda havia escudos (nem se
falava em euros) e as lojas só abriam, aos Sábados, de manhã: só na quadra
natalícia é que também abriam aos Sábados à tarde, para depois encerrarem nos
dias 26 de Dezembro e 02 de Janeiro.
Estava um dia bonito, de
sol, mas frio.
Era Sábado (já não me lembro
se de manhã ou de tarde) e eu fui a Santarém comprar as prendas para a minha
mãe, para o meu pai e para o meu irmão.
Lembro-me que tinha 5.000$00
(cerca de 25,00 €) na carteira.
Também me lembro da azáfama,
do corre-corre. E da música que saia dos altifalantes, que acompanhavam a
iluminação de Natal. Lembro-me especialmente daquela canção do Coro de Santo
Amaro de Oeiras: “A todos um Bom Natal”.
(Abro aqui um parêntesis
para partilhar com vocês um facto curioso: não sei porquê, mas sempre que oiço
esta canção, choro. E com isto fecho este parêntesis.)
Mas com os 5.000$00 comprei
as prendas para todos – três prendas. E prendas boas.
Agora, com esses 25,00 €,
comprava uma, talvez duas. Nunca três.
Aliás, irrita-me
sobremaneira aqueles que teimam em dizer que o euro não encareceu o custo de
vida.
O tanas!...
E o melhor exemplo é o preço
dos livros: a ideia que eu tenho é que, no tempo dos escudos, um livro
raramente chegava a custar 2.000$00 (cerca de 10,00 €). Pois bem, com a entrada
do euro o preço médio dum livro é de 15,00 € (cerca de 3.000$00).
Posso estar a ser muito
injusta (provavelmente, até estou), mas que eu me sinto roubada, ai lá isso
sinto…
E vocês ouviram aquela do
Lula da Silva (ex-presidente do Brasil), a dizer que a culpa do atraso no
Brasil (ou coisa parecida) é da colonização portuguesa?...
Se um angolano,
cabo-verdiano, guineense, moçambicano ou são-tomense dissesse isso, eu
aceitava, até porque Portugal colonizou tais países (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique e São Tomé e Príncipe) até meados da década de 70 do século XX.
Agora… o Brasil?!...
Que eu saiba, o Brasil é um
país independente desde 1822.
Ridículo… Pelo menos para
mim…
E já agora vou-vos dizer
qual é o meu filme preferido de Natal: “Natal Branco” (White Christmas), de
1954, com Bing Crosby e Danny Kaye.
Deixo-vos com a minha canção
preferida de Natal, “Little drummer boy”, aqui na versão de Josh Groben:
Por agora é tudo.
Até a uma próxima oportunidade.
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