sexta-feira, 13 de maio de 2016

Birras & perdidas (13/05/2016)

Olá, como estão?


Hoje assinala-se o 99.º aniversário sobre a 1.ª aparição da Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no lugar de Fátima (13/05/1917 – 13/10/1917).
Para o ano, no 100.º aniversário das aparições, vem cá o Papa Francisco. E como eu sempre costumo dizer, nem que me paguem!
Não me apanham lá. Não tenho nada contra o senhor, bem entendido. Antes pelo contrário.
Mas eu sempre abominei confusões.
Mais a mais agora, numa cadeira de rodas.

Quando me falam em peregrinações a Fátima, lembro-me sempre de duas coisas: da máquina do alcatrão e dos grupos de catequese.
Eu passo a explicar:
A máquina do alcatrão – Há já muitos anos, era eu bem criança, acompanhei uns familiares meus numa peregrinação, a pé, a Fátima. Enquanto os meus familiares iam a pé, eu, assim como outras crianças, ia no carro de apoio. Às páginas tantas, passamos por umas obras na estrada: estavam-na a alcatroar ainda com uma máquina das antigas e os trabalhadores estavam todos mascarrados, dos pés à cabeça. Por causa disso, uma das crianças que seguia comigo fez cá uma birra, com medo dos homens e da máquina…
Os grupos de catequese – Todos os anos há a
Peregrinação das Crianças, em Junho, especialmente destinada a grupos de catequese. Eu também lá fui, com o meu grupo, há muitos anos. Era tanta gente… Lembro-me de olhar para cima e só ver cabeças E querem saber a melhor? No meio de tanta gente, perdi-me. E nunca ninguém deu por nada. Porque mesmo com tenra idade soube ter sangue-frio suficiente para manter a calma e não entrar em pânico. Quando me vi sozinha no meio de tanta gente, limitei-me a ficar muito quietinha e esperar: alguém conhecido havia de passar por ali. E não é que passaram mesmo?! Quando outro grupo de catequese, também da minha terra, passou, eu limitei-me a acompanhá-los. E tudo ficou bem.


E que dizer daquela confusão no Brasil?
Primeiro que tudo, quero deixar aqui bem claro o meu mais profundo desagrado pelo uso da palavra “impeachment”.
Que diabo, falem português!
Ou não é essa a língua oficial do Brasil?
Então, digam impugnação.
Atenção, isto também é válido para todos os jornalistas portugueses que teimam em falar de “impeachment“. A esses, digo o mesmo: falem português!
E depois ainda se queixam dos maus tratos que a língua portuguesa sofre. Pois claro, é cada calinada… E aqui faço um mea culpa: eu também dou a minha dose de pontapés na gramática.

Eu desconheço por completo as leis eleitorais vigentes no Brasil, mas pergunto: quando esta contestação toda começou a subir de tom, porque é que a Dilma Rousseff não convocou logo eleições antecipadas?
Quem não deve, não teme e assim sujeitava-se, de novo e de forma voluntária, ao escrutínio popular.
E pronto! Se ganhasse, ganhava e se perdesse, perdia.
Não sei se a lei brasileira permite isso, mas a permitir, eu, por um lado, acho que até consigo compreender a relutância da Dilma Rousseff em tomar tal atitude – afinal, ela tinha sido reeleita com toda a legitimidade, para mais um mandato, em 2014.
Mas pelo outro, se a contestação era tanta…
Agora, só espero, mas espero mesmo, que a emenda não seja pior que o soneto.
Mas só podemos esperar para ver, não é assim?


Por hoje é tudo.
Até a uma próxima oportunidade.


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