Olá, como estão?
Hoje assinala-se o 99.º
aniversário sobre a 1.ª aparição da Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no
lugar de Fátima (13/05/1917 – 13/10/1917).
Para o ano, no 100.º
aniversário das aparições, vem cá o Papa Francisco. E como eu sempre costumo
dizer, nem que me paguem!
Não me apanham lá. Não tenho
nada contra o senhor, bem entendido. Antes pelo contrário.
Mas eu sempre abominei
confusões.
Mais a mais agora, numa
cadeira de rodas.
Quando me falam em
peregrinações a Fátima, lembro-me sempre de duas coisas: da máquina do alcatrão
e dos grupos de catequese.
Eu passo a explicar:
A máquina do alcatrão – Há
já muitos anos, era eu bem criança, acompanhei uns familiares meus numa
peregrinação, a pé, a Fátima. Enquanto os meus familiares iam a pé, eu, assim
como outras crianças, ia no carro de apoio. Às páginas tantas, passamos por
umas obras na estrada: estavam-na a alcatroar ainda com uma máquina das antigas
e os trabalhadores estavam todos mascarrados, dos pés à cabeça. Por causa
disso, uma das crianças que seguia comigo fez cá uma birra, com medo dos homens
e da máquina…
Os grupos de catequese – Todos
os anos há a
Peregrinação das Crianças, em Junho, especialmente destinada a
grupos de catequese. Eu também lá fui, com o meu grupo, há muitos anos. Era
tanta gente… Lembro-me de olhar para cima e só ver cabeças E querem saber a
melhor? No meio de tanta gente, perdi-me. E nunca ninguém deu por nada. Porque
mesmo com tenra idade soube ter sangue-frio suficiente para manter a calma e
não entrar em pânico. Quando me vi sozinha no meio de tanta gente, limitei-me a
ficar muito quietinha e esperar: alguém conhecido havia de passar por ali. E
não é que passaram mesmo?! Quando outro grupo de catequese, também da minha
terra, passou, eu limitei-me a acompanhá-los. E tudo ficou bem.
E que dizer daquela confusão
no Brasil?
Primeiro que tudo, quero
deixar aqui bem claro o meu mais profundo desagrado pelo uso da palavra “impeachment”.
Que diabo, falem português!
Ou não é essa a língua
oficial do Brasil?
Então, digam impugnação.
Atenção, isto também é
válido para todos os jornalistas portugueses que teimam em falar de “impeachment“. A esses, digo o mesmo: falem
português!
E depois ainda se queixam
dos maus tratos que a língua portuguesa sofre. Pois claro, é cada calinada… E
aqui faço um mea culpa: eu também dou
a minha dose de pontapés na gramática.
Eu desconheço por completo
as leis eleitorais vigentes no Brasil, mas pergunto: quando esta contestação
toda começou a subir de tom, porque é que a Dilma Rousseff não convocou logo
eleições antecipadas?
Quem não deve, não teme e
assim sujeitava-se, de novo e de forma voluntária, ao escrutínio popular.
E pronto! Se ganhasse, ganhava
e se perdesse, perdia.
Não sei se a lei brasileira
permite isso, mas a permitir, eu, por um lado, acho que até consigo compreender
a relutância da Dilma Rousseff em tomar tal atitude – afinal, ela tinha sido
reeleita com toda a legitimidade, para mais um mandato, em 2014.
Mas pelo outro, se a
contestação era tanta…
Agora, só espero, mas espero
mesmo, que a emenda não seja pior que o soneto.
Mas só podemos esperar para
ver, não é assim?
Por hoje é tudo.
Até a uma próxima
oportunidade.
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